quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Indústria pesquisa o etanol de milho em Mato Grosso




Produção de etanol de milho está sendo pesquisada por mais uma empresa de Mato Grosso. Com previsão de aporte de US$ 100 milhões, a Fiagril - sediada em Lucas do Rio Verde - tem pesquisado uma nova tecnologia que permitirá produzir 435 litros do biocombustível para cada tonelada de milho processada. Intenção é investir na unidade para que seja possível moer até 1 milhão de toneladas de milho, explica o sócio da empresa e prefeito do município, Marino Franz (PPS).

Atualmente a empresa investe na produção de biodiesel, gerando 120 mil toneladas por ano do produto, originado de óleos vegetais e gordura animal. Franz explica que o bagaço resultante do esmagamento do grão para obtenção do combustível pode ser convertido em ração para nutrição animal. “Como estamos localizados numa região onde a criação de suínos, frangos, produção de leite e confinamento de gado é forte, o investimento é totalmente viável”. Além disso, acrescenta, a evolução da produção de milho no Estado é outro fator atrativo para o investimento. “Estamos verificando a viabilidade econômica de uma tecnologia que revolucionou a produção de etanol de milho nos Estados Unidos”. Pesquisa resultou em 3 viagens de Franz ao país norte-americano. Para ele, o aumento na cotação do milho não inviabiliza o projeto. “Essa alta é sazonal”.

Por enquanto apenas uma empresa produz etanol de milho em Mato Grosso. Localizada no município de Campos de Júlio, a Usina de Mato Grosso (Usimat) passou a aproveitar o excedente do milho produzido na região desde o ano passado, após serem investidos R$ 20 milhões na adaptação da indústria que até então utilizava apenas a cana-de-açúcar na produção do biocombustível. Estimativa é produzir 35 milhões de litros de etanol até o final do próximo ano com o processamento de 100 mil toneladas do excedente de milho e sorgo cultivados no município, que compensam o período da entressafra da cana.

Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho Brasil (Aprosoja), Glauber Silveira, o maior aproveitamento pelo mercado interno do milho cultivado localmente é positivo para os produtores, mas alerta quanto ao risco de ociosidade industrial após a colheita. “Por isso acho mais viável a produção do etanol de milho associado ao etanol de cana”.




Fonte: Gazeta Digital

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