quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Energia: redução beneficiaria consumidor e empresa




O governo está preparando vários programas, entre eles de redução do preço da energia. A expressão PAC se banalizou, mas na verdade, é o governo governando. Precisa tirar os obstáculos da frente. Nessa área, há um tema importante a ser discutido: o que fazer com as concessões que vão vencer? São 112 usinas, que representam 28% da geração elétrica do país, cujas concessões vencerão entre 2015 e 2017, além de 73 mil km de linhas de transmissão e 37 distribuidoras.

Uma usina custa caro, mas vai amortizando ao longo do tempo. Pode cobrar menos depois; o custo de manutenção de uma hidrelétrica já instalada é menor. A lei fala em fazer nova licitação, o que a Fiesp está cobrando, em vez de renová-la, como quer o governo.

O governo tem dito que pode negociar para as empresas já darem agora uma redução de preços, mesmo que a concessão vá até 2015, 2017. Fala, portanto, em antecipar o desconto.

Se a redução for de 10%, haverá impacto importante na inflação, porque a energia tem um peso de 3,3 no IPCA, o que daria quase 0,5 ponto percentual. Além disso, aumentaria a renda disponível das famílias, que gastariam menos com a energia, podendo consumir ou poupar mais, e as empresas teriam redução do custo industrial, incentivando o investimento.

Se sair o desconto, haverá bons resultados, mas o governo tem de responder essa pergunta da Fiesp, se a lei manda relicitar, como será feita uma negociação direta com as empresas de forma transparente para beneficiar o consumidor?


Fonte: Blog Miriam Leitão

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