sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Importações de fosfato no MT aumentam 124% e tendem a recuar

Entre janeiro e setembro deste ano, Mato Grosso importou 373,037 mil toneladas de produtos fosfatados, volume 124,13% superior ao adquirido no mesmo período de 2010, quando totalizou 166,3 mil toneladas. De acordo com a Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), 50% desses produtos consumidos no país são importados, sendo que Mato Grosso absorve o equivalente à toda importação nacional, na forma de fertilizantes.

Porém, a situação começa a mudar com a descoberta de depósito mineral de fosfato na região de Mirassol D’Oeste (a 300 km de Cuiabá), incluindo as áreas Araras, Serra do Caeté e Planalto da Serra, em uma extensão de 67 quilômetros quadrados, após 7 anos de pesquisa. Nesta segunda-feira (10) foi lançado no Palácio Paiaguás o projeto Fosfato de Mato Grosso, além de outros estudos sobre o potencial mineral, incluindo um
mapa geológico do território mato-grossense, realizado em parceria com Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

Nos projetos foram investidos R$ 24,9 milhões, sendo R$ 9,763 milhões deste total aplicados pelo Executivo estadual. Intenção é atrair investidores, gerando emprego e renda no Estado, explica o governador Silval Barbosa
(PMDB)). “Essa investigação foi elaborada porque queremos ter o conhecimento do nosso potencial, dos tipos de minérios e o domínio em cada região”. Ele acrescenta que a pesquisa integra um planejamento macro de expansão econômica e inclui a logística de transporte, com a ampliação da Ferrovia de Integração Centro-
Oeste (Fico) por Mato Grosso e da Ferronorte até Santarém (PA). Somente com extração do ouro, foram gerados 10 mil empregos neste ano, informa o governador.

Secretário estadual de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, avalia que os resultados das pesquisas irão atrair novas indústrias para Mato Grosso, principalmente para produção de fertilizantes. Na semana passada, foi assinado protocolo de intenções para implantação de mais uma fabricante de adubos. No projeto de expansão no Brasil, a indiana NAQ Global irá investir R$ 50 milhões com uma planta industrial em Mato Grosso. Nadaf revela que a empresa terá incentivo fiscal por um período de 10 anos. “Mato Grosso foi escolhido para ser a sede da segunda planta da empresa”.

Já atuando no segmento há uma indústria em Rondonópolis (a 212 km da Capital) e outra, em fase de implantação, no município de Querência (distante 945 km de Cuiabá). Na região do Araguaia deve ser instalada outra fabricante de adubos, conforme adiantou o superintendente de Indústria da Sicme, Sérgio Romani.

O fosfato é considerado um dos insumos básicos para produção de adubos, assim como o nitrogênio e o potássio, sendo que no território estadual ainda não há exploração comercial de nenhum e quase a totalidade
do volume consumido em Mato Grosso é importada de outros países.

No mapeamento geológico de Mato Grosso foi identificada a incidência de outros minerais, como ouro, diamante, zinco, níquel, cobre, calcário, ferro e manganês, distribuídos nas regiões dos rios Guariba, Aripuanã, Teles Pires, Comandante Fontoura, assim como Porto dos Gaúchos, São José do Xingu e Juína.

Potencial - Em 2003, o Estado ocupava o 11º lugar em exploração mineral, avançando para a 4ª posição no ranking nacional recentemente. Para o diretor-presidente da CPRM, Manoel Barretto, Mato Grosso se sobressai nas reservas minerais se comparado a outras unidades da federação. “Tem uma história de mineração, mas esse potencial ainda não havia sido investigado e o Estado era um dos mais carentes em informação geológica.


Fonte: Gazeta Digital

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