sábado, 15 de outubro de 2011
Bolsa fecha em alta de 0,8% e avança 7,4% na semana
Ao completar quatro dias seguidos de ganhos, a Bolsa de Valores brasileira emplacou, no pregão desta sexta-feira, sua semana mais forte (7,4%) em mais de um ano.
O índice Ibovespa, principal termômetro dos negócios, avançou 0,79%, atingindo os 55.030 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,87 bilhões.
O dólar comercial foi negociado por R$ 1,730, em queda de 1,14%, a oitava sessão consecutiva de baixa.
Dólar completa 8 dias de baixa e volta para R$ 1,73
Índice europeu de ações fecha terceira semana seguida em alta
Agência de risco Standard & Poor's rebaixa nota da dívida da Espanha
Inflação na zona do euro é a maior desde 2008
As principais Bolsas europeias encerraram os negócios no terreno positivo, a exemplo de Londres (alta de 1,16%) e Paris (0,97%).
Nos EUA, a Bolsa de Nova York teve ganhos de 1,45%.
A semana que vem promete volatilidade. Neste final de semana, os ministros das Finanças dos países vinculados ao G20 (grupo das economias mais desenvolvidas) fazem uma reunião preparatório para o encontro de cúpula previsto para novembro, um evento fundamental para a condução das medidas contra a crise mundial.
No front doméstico, investidores e analistas devem ficar sob expectativa da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que anuncia na quarta-feira a nova taxa básica de juros do país.
Embora haja consenso de que o Comitê deva ajustar a taxa de 12% ao ano para 11,5%, a decisão surpreendente de agosto pode deixar uma parcela dos agentes financeiros mais cautelosa para o evento deste mês.
"Mesmo com sinais do governo sugerindo maior agressividade na condução da política monetária, o BC deverá manter o passo atual e testar patamares [de juros] próximos ao neutro, que nós estimamos em 10,50%", avalia Roberto Padovani, economista-chefe da Votorantim Corretora, em comentário sobre a reunião da semana que vem.
Para esse especialista, os últimos desdobramentos da crise mundial vem confirmando a expectativa da autoridade monetária: "o ambiente externo deve produzir efeitos deflacionários", pondera.
EUA, EUROPA E CHINA
Pela manhã, o Departamento de Comércio americano revelou que as vendas do setor varejista tiveram um crescimento de 1,1% em setembro contra agosto, e de 7,9% ante o nono mês do ano passado, em um desempenho superior às expectativas do mercado.
Ontem à noite, a gigante da Internet Google divulgou um lucro 26% maior na comparação com terceiro trimestre do ano passado, também batendo as projeções do setor financeiro.
Os investidores ainda comemoraram ontem a aprovação do reforço do fundo de estabilidade financeira pelo parlamento eslovaco, a última casa legislativa na zona do euro a apreciar a proposta. O fundo é considerado por analistas como uma ferramenta fundamental para evitar desdobramentos ainda piores da crise das dívidas soberanas no Velho Continente.
Por enquanto, os investidores resistem ao impacto de algumas das piores notícias da semana, divulgadas entre ontem e hoje.
O primeiro destaque é o anúncio de que a Espanha teve seu 'rating' (avaliação de risco de crédito) piorado pela agência Standard &Poor's, seguindo o exemplo de outra agência de classificação, a Fitch Ratings.
Ainda no front europeu, não passou despercebido o aumento da taxa de inflação na zona do euro, que atingiu 3% em setembro (taxa anualizada), o pior desempenho desde 2008. A cifra dificulta que o BCE (Banco Central Europeu) cumpra uma "reivindicação" recorrente de alguns economistas, que pedem uma redução dos juros básicos da região para estimular o crescimento.
Analistas também chamaram a atenção a nova fornada de números vindos da China, com destaque para a taxa de inflação, que atingiu 6,1% (taxa anualizada) em setembro --em linha com as projeções de bancos e corretoras-- e abaixo dos 6,2% contabilizados em agosto.
O indicador mereceu uma interpretação ambígua nos mercados: uma corrente dos analistas apontou para um possível desaquecimento econômico do gigante asiático, como resultado das medidas restrititas adotadas desde o ano passado; outra corrente preferiu ressaltar o relaxamento da inflação, o que permitiria, em tese, o fim das iniciativas tomadas por Pequim para esfriar a economia e domar a alta dos preços.
Fonte: Folha Online
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