segunda-feira, 1 de julho de 2013

Cana e soja devem apresentar ganhos expressivos de áreas até 2023




Estudo sobre as projeções do agronegócio para os próximos dez anos, elaborado pelo Ministério da Agricultura, prevê um crescimento de 8,6 milhões de hectares na área plantada, que deve passar dos atuais 67 milhões de hectares para 75,5 milhões de hectares. A previsão é de que a área de soja aumente em mais 6,7 milhões de hectares e a de cana-de-açúcar em 2,2 milhões de hectares.

Segundo o estudo, a expansão do cultivo da cana e da soja deve ocorrer pela incorporação de novas áreas e também pela substituição de outras lavouras. No caso do milho, a previsão é de aumento de 1 milhão de hectares e outras lavouras que devem se manter inalteradas ou perder área são arroz, mandioca, trigo feijão e café. Pelas previsões do governo, o aumento da produção de milho, estimado entre 20% a 54,6%, deve ocorrer por meio de ganhos de produtividade.

As projeções de exportação são otimistas para todos produtos, em especial o leite. O estudo prevê que a exportação de leite deve passar dos atuais 119 milhões de litros para até 1,4 bilhão de litros em 2023. Outra projeção de crescimento expressivo é para o algodão em pluma, que passaria das atuais 1,084 milhão de toneladas de pluma para 2,362 milhões de toneladas (mais 117,9%).

Os autores do estudo observam que apesar de o Brasil nos próximos anos aumentar suas exportações, o mercado interno continuará como importante fator de crescimento. O estudo prevê que em 2023 cerca de 51% da produção de soja e 67% do milho devem ser consumidas internamente. ´Haverá assim uma dupla pressão sobre o aumento da produção nacional´, observam os técnicos, lembrando que atualmente 52% da soja e 66,7% do milho são consumidos no mercado interno.

O estudo prevê também forte pressão do mercado interno no caso das carnes. A projeção para 2023 é que 58% da produção de carne de frango, 75% da carne bovina e 82,3% da carne suína sejam destinadas ao mercado interno. Mesmo com a grande participação do consumo nacional, o estudo prevê que o Brasil se mantém como principal exportador de carne de frango (41,7% do mercado mundial). Para a carne bovina, a previsão é que em 2023 o Brasil ocupe o segundo lugar (19,9% do mercado), superado apenas pela Índia (30,1% do mercado). A previsão para os próximos dez anos é que o Brasil se consolide na liderança mundial exportação de soja, com embarques de 63,8 milhões de toneladas (44,2% do mercado mundial).

Fonte: Agência Estado

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