sexta-feira, 21 de setembro de 2012

China deverá liberar mais reservas de soja para frear preços




A empresa dinamarquesa de biotecnologica Novozymes espera anunciar planos de construir uma fábrica no Brasil até o fim deste ano, para o fornecimento de enzimas que transformam restos de cana em etanol combustível.

A Novozymes está em negociações com potenciais parceiros do setor de açúcar e etanolno Brasil para determinar as necessidades futuras do mercado local. Sebastian Soderberg, diretor global de negócios de celulose da empresa, disse em entrevista: "Estamos muito encorajados e acho que as coisas estão se movendo nessa direção da construção da fábrica".

Celulósico, ou de segunda geração, o etanol é produzido usando enzimas que quebram os resíduos vegetais da cana. A maior parte do combustível de etanol do mundo hoje está sendo produzido a partir de insumos como sementes de milho ou o suco de cana-de-açúcar.

O etanol de segunda geração é visto como uma potencial solução para a controvérsia gerada por converter alimentos em combustível. Entretanto, o custo tem sido o impedimento principal para produção em escala comercial, mas os projetos começaram a brotar por todo o mundo nos últimos anos, disse Soderberg. Segundo ele, os custos para a produção de biocombustíveis a partir de enzimas são próximos a 50 centavos de dólar por galão.

A Novozymes também está com projetos nos EUA, China e Europa. Mas o Brasil, pelo tamanho da sua produção de cana, possui "singularidade e potencial que outros países não têm", disse Soderberg.

Ele lembrou que o país tem um histórico de substituir o etanol pela gasolina de forma inigualável, além de manter 20% do etanol na mistura do combustivel usado por carros leves.

Além disso, disse o executivo, um crescente aumento de automóveis nas ruas fez agravar o déficit de refino de petróleo no país, fazendo com que a estatal Petrobras tivesse que importar gasolina.

No início deste ano, a GraalBio revelou planos para construir uma fábrica no Brasil para produção de etanol celulósico em escala comercial, no Estado de Alagoas, com o uso de enzimas fornecidas pela Novozymes. A produção está marcada para começar até o final de 2013.

Soderberg afirmou que outros participantes do setor de açúcar e etanol têm "planos muito concretos" para iniciar a produção de etanol celulósico no futuro próximo, entretanto, ele se recusou a nomear as empresas que pensam no assunto. A Novozymes já tem uma fábrica no Brasil, localizada no Sul do Estado do Paraná, que produz enzimas para fabricação de detergentes e produtos têxteis.

O presidente latino-americano da Novozymes, Pedro Luiz Fernandes, disse que a companhia está explorando possíveis locais para a nova fábrica, mas ainda não tomou uma decisão. "Estamos à procura de um lugar", mas não sabemos se ele vai ser no Nordeste ou em São Paulo".


Fonte: Valor Online

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