Bovespa cede 0,29% em dia volátil por Grécia

Em mais uma rodada de negócios marcada pelo fraco giro de negócios, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) encerrou os negócios desta terça-feira no campo negativo, após três pregões seguidos de valorização.

O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, recuou 0,29% no fechamento, aos 59.026 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,30 bilhões.

As ações da Petrobras e da Vale, que estavam sustentando o mercado brasileiro mesmo com as Bolsas estrangeiras em queda, tiveram uma dia negativo: a ação preferencial da petrolífera perdeu 1,19%, enquanto a ação de mesmo tipo da mineradora retrocedeu 0,44%.

O dólar comercial foi trocado por R$ 1,740, em baixa de 0,40%. A taxa de risco-país marca 213 pontos, número 1,38% abaixo da pontuação anterior.

As principais Bolsas europeias finalizaram a sessão de hoje com altas de 1% (Londres), 1,27% (Paris) e 0,55% (Frankfurt).

Nos EUA, onde os mercados ainda operam, a Bolsa de Nova York avançava 0,65%, às 18h28 (hora de Brasília).

A agenda esvaziada, tanto do ponto de vista de indicadores econômicos quanto de balanços mais importantes, somente reforçou a importância da Itália para o pregão de hoje.

O parlamento italiano efetivamente aprovou a proposta orçamentária apresentada pelo gabinete do premier Silvio Berlusconi, que inclui medidas importantes para melhorar a condição financeira do país.

O resultado dessa votação, no entanto, mostrou claramente a perda de apoio político do primeiro-ministro. Um de seus aliados mais próximos, inclusive (o chefe da Liga Norte, Humberto Bossi) chegou a pedir sua renúncia.

Se ontem negou, hoje Berlusconi já confirmou que pretende renunciar, com a garantia de que sejam aplicadas as medidas exigidas pela União Europeia para conter o deficit fiscal do país.

"À medida em que avançam as decisões para a crise europeia, os mercados buscam se firmar. (....) a Bovespa poderá mostrar comportamento mais firme nos próximos, embora atento aos resultados do terceiro trimestre, que ainda podem trazer surpresas negativas em grandes companhias", comentam os analistas da Planner, no boletim diário da corretora sobre o mercado financeiro.




Fonte: Folha Online