quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Dólar segue exterior, recua e mercado fica atento ao BC



O dólar abriu em queda nesta quarta-feira acompanhando o exterior, abrandou o declínio de forma pontual após a divulgação dos dados semanais de fluxo cambial e, então, retornou à trajetória imposta pelo ambiente internacional. A decisão da Moody''s Investors Service de reafirmar o rating da Espanha foi central para estimular o apetite dos investidores por ativos de risco, favorecendo moedas de países emergentes e de elevada correlação com os preços das commodities.



O risco de um rebaixamento da Espanha pela Moody''s estava pesando sobre os mercados nas últimas semanas e, uma vez evitado tal desfecho, os ativos de risco são favorecidos. No mercado doméstico, o sinal negativo do dólar deixa os agentes financeiros em alerta para nova atuação do Banco Central. "O BC deve vir se o dólar futuro cair abaixo de R$ 2,03. Próximo de R$ 2,02, ele certamente virá. Afinal, se o BC não atuar neste nível, o dólar vai direto a R$ 2,00", disse um operador.

"Apesar do declínio dos juros, nossas taxas continuam atraentes quando comparadas às de outras economias", citou um estrategista para ilustrar que a tendência central para o dólar é de queda ante o real não fossem as atuações do governo para contê-la. As declarações das autoridades brasileiras, ao final da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), reforçam a percepção de que todas as ferramentas disponíveis podem ser acionadas se o relaxamento quantitativo das economias desenvolvidas começar a ter reflexos mais claros no real.

No mercado doméstico, o dólar à vista fechou cotado a R$ 2,031 no balcão, com recuo de 0,25%, próximo da mínima do dia, de R$ 2,030. Na máxima, a moeda chegou a R$ 2,035. O giro financeiro somava US$ 1,580 bilhão (US$ 1,532 bilhão em D+2) pouco depois das 16h30. Na BM&F, a moeda spot fechou na mínima do dia em R$ 2,031, com queda também de 0,25% (dado preliminar), com nove negócios. No mesmo horário, o dólar para novembro de 2012 estava cotado R$ 2,036 (-0,15%).

Segundo dados do Banco Central, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 1,319 bilhão entre os dias 1º e 11 de outubro. No acumulado do ano até 11 de outubro o fluxo cambial registrou entrada líquida de US$ 21,136 bilhões. Após a divulgação, o dólar à vista balcão bateu na cotação máxima do dia.

No exterior, a notícia da Moody''s impulsionou o euro, o dólar australiano e outras divisas ante o dólar. Também deram força ao dólar canadense os dados positivos de moradias nos Estados Unidos.

O peso chileno foi na contramão e apresentava ganhos ante o dólar. O avanço do preço do cobre favorece a moeda local, mas compras de dólares por investidores institucionais ajudou a contrabalançar a intensidade da alta da moeda chilena.

Fonte: O Estado de S.P.

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