Uma pesquisa realizada pela Pecege/Esalq e CNA (Confederação Nacional da Agricultura) sobre a remuneração na safra 2012/13 na região Nordeste, confirma expectativa de remuneração segura para a produção de açúcar em todos cenários e redução significativa na produção de etanol. A pesquisa informa que no Estado de Alagoas, por exemplo, a redução esperada na produção de etanol é de cerca de 10,2%. No modelo de previsão de custos agroindustriais para a safra 2012/13 elaborado pelo Pecege/CNA, o etanol hidratado não atingiu sustentabilidade econômica na região Nordeste. "Este resultado corrobora uma deterioração econômica na produção deste produto na região", revelam os pesquisadores.
Segundo os pesquisadores, as estimativas demonstram rentabilidade positiva para a produção de açúcar VHP mesmo em momentos de incertezas, crise e baixas produtividades. "Em média, a remuneração do etanol será 32 pontos percentuais menor que a remuneração do açúcar VHP. Os baixos preços projetados, dentro das atuais tendências do setor, está indiretamente ligado às rentabilidades negativas obtidas para a produção de etanol hidratado", revela a pesquisa.
Ainda de acordo com o relatório, é clara a necessidade de melhora na competitividade do preço do etanol ante ao verificado no mercado para o açúcar. "A partir do cenário de preço base, verifica-se que a produtividade mínima que garante rentabilidade aos produtores é de 59,2 toneladas por ha para a produção da cana, 132 tons/ha para o etanol hidratado e 35,5 tons/ha para açúcar VHP", analisa.
Por isso, os pesquisadores revelam que as usinas com baixo mix de produção de açúcar precisarão de um excelente nível operacional na indústria para conseguir atingir níveis de rentabilidade positivos. Já para eles, os índices de rentabilidade para etanol hidratado evidenciam uma situação econômica desfavorável para a produção de etanol na região Nordeste.
Em conclusão, o estudo admite que para a safra 2012/13 haverá uma variação negativa na produção de etanol e, consequentemente, uma safra voltada para o aumento da produção de açúcar.
Fonte: ProCana Brasil
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