segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Produtores goianos terão acesso a R$ 400 milhões para safrinha



O Banco do Brasil (BB) disponibilizou R$ 1 bilhão para linha de aquisição antecipada de insumos para Safrinha, ou safra de verão, 2013/2013. Em Goiás será atendida 100% da demanda apresentada. A expectativa é que na Safrinha 2013/2013, sejam desembolsados cerca de R$ 400 milhões. O anúncio foi feito pelo superintendente estadual do Banco do Brasil, Edson Bündchen, na tarde dessa segunda-feira (17), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). Segundo ele, os produtores rurais já têm motivos para comemorar. Já que o valor do financiamento praticou dobrou e o tempo para adquirir o recurso diminuiu. “No último ano foram disponibilizados R$ 250 milhões. Sendo que esse valor foi liberado no mês de outubro, e em 2010 em dezembro.”

O importante, segundo Edson, é que o agricultor vai ter o recurso no tempo certo para fazer a compra de fertilizantes com o preço justo, onde toda a cadeia do agronegócio sai ganhando. “Essa iniciativa do BB vem ao encontro de um anseio da agricultura de Goiás. E nós temos uma participação importante no financiamento do agronegócio. O BB participa com 87% de todo financiamento agrícola da indústria financeira no Estado de Goiás, sabendo que a média nacional é de 62%”, explica.

A grande novidade, de acordo com o superintendente, é a disponibilização de recursos para a cultura de sorgo, atendendo as reivindicações dos produtores e proporcionando a viabilização de negócios frente ao cenário positivo para a cultura no Estado, a qual, não foi contemplada nas safrinhas passada. Edson disse ainda que a disponibilização do crédito é imediata. “A linha de crédito está disponível. O produtor já pode procurar o BB e obter o financiamento.”

O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, destaca que a produção da safra de verão em Goiás representa 10% da produção total de todo o país. Ele salienta que o recurso facilita ainda mais esse plantio. “Nosso objetivo é que, com a antecipação do recurso, os produtores possam se planejar para fazer as compras dos fertilizantes. Lembrando que esse é o principal custo da produção. Hoje, 40% do gasto da produção vêm dos fertilizantes.”


José Mário destaca que o entrave que os produtores enfrentam é a dificuldade de conseguir os fertilizantes no tempo hábil. “O Brasil enfrentou uma série de greves, que fez com que as matérias-primas utilizadas para fertilizantes estejam ainda nos portos. Hoje nós temos navios que ficam até 30 dias esperando o desembarque nos portos brasileiros. E agora com o período chuvoso, pode dificultar ainda mais o embarque e desembarque desses produtos.” Ele acrescenta que o recurso vem justamente para solucionar esses problemas. “A sinalização do recurso dilui as compras e entregas de fertilizantes, diminuindo o custo de produção da safrinha”, diz.

O presidente alerta que a situação dos produtores sem o financiamento é preocupante. “Nós temos duas situações. A primeira é que os produtores teriam um custo extremamente elevado na produção. O que poderia inviabilizar o plantio da safrinha. A segunda seria a demora ou não chegada dos fertilizantes às mãos dos produtores, o que, também, iria comprometer o plantio.” Segundo ele, seria um grande prejuízo para o produtor de uma forma geral e para o Estado de Goiás, já que 60% do milho em Goiás são produzidos na segunda safra.




Fonte: FAEG

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