sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Seaf paga mais de 81 mil agricultores pela safra 2011-2012
O agricultor Vanios Trentin, 49 anos, do município de Flores da Cunha (RS), perdeu quase toda a lavoura de uva na safra passada por causa da chuva de granizo que atingiu a região em dezembro. Após a perda, porém, Trentin contou com o benefício do Seguro da Agricultura Familiar (Seaf), ação do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), para garantir a renda da família. "O seguro cobriu o financiamento e deu uma parte a mais, que me ajudou a pagar mão de obra e outras despesas", conta Trentin.
O Seguro da Agricultura Familiar, também conhecido como Proagro Mais, indenizou o total de 81.569 mil agricultores de todo o Brasil por perdas sofridas na safra passada (2011/2012). Até essa sexta-feira, 17 de agosto, o valor total pago aos agricultores familiares atingiu R$ 582,1 milhões.
Desde que o Seaf começou a funcionar, em 2004, a cada ano agrícola são feitos mais de 400 mil contratos de seguro. Na safra passada o valor segurado foi superior a R$ 5 bilhões. "O seguro garante não só o valor financiado, mas, também, uma cobertura de renda. Junto com o Programa de Garantia de Preços, que protege o agricultor da queda de preço mediante descontos no financiamento, incentiva os agricultores a investirem na produção e incorporarem tecnologia", explica o secretário da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Laudemir Müller. "Com esses instrumentos, os agricultores sabem que estão protegidos tanto dos riscos das oscilações de mercado quanto das eventuais perdas de produção por adversidades climáticas", afirma.
Por garantir os benefícios do seguro, o agricultor Vanios Trentin fez novamente uma operação de custeio agrícola do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) - para eventuais perdas por adversidades climáticas na safra 2012-2013. Em agosto (2012), ele fez o contrato no valor de R$ 10 mil para financiar 1,8 hectare da lavoura de uva e espera colher cerca de 15 mil quilos do produto no final do ciclo. Ao fazer a contratação, adotou o mesmo procedimento do ano anterior: "Fui ao banco e me informaram para procurar a Emater, para fazer um projeto".
"É importante que, neste momento, o agricultor que está buscando o crédito se informe no banco, para que contrate crédito de custeio agrícola do Pronaf. Tem agricultor que não conhece as vantagens do financiamento de custeio agrícola e não contrata este crédito específico. Aí, ele perde uma série de vantagens, inclusive o seguro agrícola", diz o coordenador-geral de Gestão de Riscos e Seguro Rural da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA), José Carlos Zukowski.
Ele explica que, ao contratar o custeio agrícola, os agricultores familiares têm diversos benefícios. Um deles é o direito automático ao Seguro da Agricultura Familiar. Outros benefícios garantidos são a taxa de juros subsidiada, que, na prática, é uma taxa de juros mais baixa do que a inflação; o PGPAF, que é um seguro de preço (se os preços de mercado caírem, o agricultor tem a cobertura) e o seguro de clima – que lhe garante cobertura em caso de perdas superiores a 30% da lavoura, provocadas por estiagem, granizo, chuva excessiva, geada e outras adversidades climáticas.
Antes de tudo, no entanto, o agricultor deve procurar a assistência técnica. Em seguida, deve ir ao banco e informar que tipo de lavoura pretende financiar, em que local, tecnologia aplicada, produtividade e outras informações para que o banco possa fazer a avaliação adequada da operação.
"Os agricultores devem procurar a agência bancária e se informar sobre como contratar o crédito de custeio agrícola do Pronaf, para ter acesso aos benefícios que essa contratação lhes garante. E, com o crédito, ele pode ter recursos para conduzir melhor sua lavoura, pode aproveitar melhor o potencial da lavoura", orienta Zukowski. "Para não perder a cobertura do seguro é fundamental que o agricultor siga as orientações técnicas", alerta.
Confira no link abaixo as orientações importantes para os agricultores
(http://www.mda.gov.br/portal/arquivos/view/Orienta%C3%A7%C3%B5es_importantes_para_os_agricultores.doc)
Fonte: MAPA
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