segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Conab revisa para cima produção de açúcar no país
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para baixo a moagem de cana-de-açúcar no Brasil da safra 2012/13 na comparação com o levantamento feito em abril, mas elevou um pouco a projeção para açúcar. De acordo com o órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, o país deverá processar 596,6 milhões de toneladas da matéria-prima - ante 602,1 milhões previstos há quatro meses - 6,5% acima do processado no ciclo 2011/12.
A produção de açúcar alcançará quase 39 milhões de toneladas, segundo a companhia, ante os 38,8 milhões previstos no levantamento anterior. Em relação à safra passada, o avanço é de 8,41%.
Para a companhia, somente o Centro-Sul, que responde por 90% da produção nacional, vai produzir 34,1 milhões de toneladas da commodity, ante os 33,6 milhões do estimado em abril. A Conab reduziu ainda para 4,8 milhões de toneladas a produção de açúcar do Norte e Nordeste, ante os 5,1 milhões da previsão anterior.
A produção de etanol do país foi reajustada para baixo em relação a abril para 23,4 bilhões de litros, 2% de recuo. A retração recairá quase toda sob a produção de anidro (que é misturado à gasolina), cuja estimativa é de fabricação de 9,2 bilhões de litros, ante os 9,7 bilhões previstos há quatro meses.
O fôlego das usinas para produzir açúcar foi percebido no último levantamento divulgado ontem pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) para o Centro-Sul. Na segunda quinzena de julho, a região produziu 2,97 milhões de toneladas da commodity, 5,11% acima do realizado em igual período de 2011.
Desde o início da moagem, a produção de açúcar ainda acumula queda - 17,01% -, no entanto, em níveis inferiores à retração observada em etanol (anidro e hidratado). Entre abril e 1 º de agosto, foram fabricados 8,2 bilhões de litros do biocombustível na região, 21,52% abaixo dos 10,4 bilhões de litros de igual intervalo do ciclo passado.
O desânimo do setor com o etanol se deve aos preços pouco estimulantes, reflexo da estabilidade dos preços da gasolina e da redução da mistura de anidro no combustível fóssil. Ontem, o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, José Gerardo Fontelles, disse que ainda é cedo para avaliar um possível aumento na mistura de etanol na gasolina. Segundo ele, ainda é necessário avaliar se a produção pode suprir o aumento de demanda.
Fabiana Batista
Fonte: Valor Econômico
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