A produção brasileira de milho na safra 2012/2013 vai contribuir para garantir o abastecimento mundial em 2012 - estimado em 861 milhões de toneladas, quando a produção norte-americana terá forte queda em função da pior seca dos últimos 40 anos que atinge o país. A avaliação é da Superintendência Técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com base nos dados do relatório de oferta e demanda mundial de grãos, divulgado nesta sexta-feira (10/08) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O governo americano estimou que o Brasil produzirá 70 milhões de toneladas de milho na safra 2012/2013 (safra e safrinha).
De acordo com as projeções, os estoques mundiais de milho somarão 123 milhões de toneladas no final da safra 2012/2013, queda de 10 milhões de toneladas em relação à safra anterior. Com a produtividade das lavouras de milho dos Estados Unidos no menor nível desde a safra 1995/1996, o USDA prevê redução das exportações, incremento das importações e queda no uso de milho para a produção de etanol. Também é esperada uma redução na rentabilidade da pecuária nos Estados Unidos, um dos maiores exportadores mundiais de carne bovina. Essa também é uma preocupação para o Brasil, avalia a Superintendência Técnica da CNA, porque uma alta de preços elevará os custos da pecuária de corte, da avicultura e da suinocultura.
Segundo o USDA, os produtores norte-americanos deverão produzir 273,3 milhões de toneladas de milho na safra atual, queda de 40 milhões de toneladas em relação ao volume produzido no ano passado. Para a soja, o USDA cortou em 10 milhões de toneladas sua estimativa para a produção nos Estados Unidos. Quanto a soja, o consumo doméstico no mercado interno norte-americano foi reduzido em 3 milhões de toneladas e a exportações devem ser 7 milhões de toneladas menores este ano.
Fonte: CNA
Nenhum comentário:
Postar um comentário