segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Bovespa sobe mais de 3% com Espanha e Estados Unidos; dólar cai 1,07%, a R$ 2,028
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou o dia em forte alta nesta sexta-feira, 3, de 3,12%, e chegou aos 57.255 pontos, impulsionada por declarações do primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, admitindo a possibilidade de o país pedir um pacote de ajuda integral. Na semana, a bolsa paulista acumula ganho de 1,24%. Já o dólar encerrou o dia com queda de 1,07%, cotado a R$ 2,028.
Mais cedo, a afirmação fez as bolsas europeias recuperarem as perdas da véspera. O otimismo também foi sustentado por indicadores positivos do mercado de trabalho dos Estados Unidos.
Após o fechamento do mercado local, os investidores conhecerão os números do balanço da Petrobrás. A expectativa é que a estatal registre forte recuo nos ganhos, passando de R$ 10,9 bilhões no segundo trimestre do ano passado para algo acima de R$ 3 bilhões em igual período desse ano. Apesar das previsões negativas, os papéis da estatal se valorizaram nesta sexta. A ação ON subiu 2,53% e a PN, 1,73%.
Em Nova York, os sinais positivos se repetiram. Dow Jones subiu 1,69%, S&P 500 tem valorização de 1,91% e Nasdaq ganhou 2% – os dados são preliminares.
Na Europa, o índice Stoxx Europe 600 subiu 2,4% e fechou aos 265,58 pontos. O desempenho de hoje garantiu um ganho de 2,2% na semana, a nona consecutiva de alta.
As ações europeias, que já mostravam ganhos significativos após a divulgação de dados fortes nos EUA e Europa, ampliaram o rali no final do pregão após Rajoy sugerir, pela primeira vez, que pode considerar requerer ajuda do fundo de resgate da zona do euro a fim de aliviar o aprofundamento da crise financeira na Espanha. Recentemente, a União Europeia aprovou um programa de ajuda, de até 100 bilhões de euros, para o setor bancário espanhol.
A Espanha está no foco após o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, dizer ontem que a instituição estava pronta para retomar as compras de bônus soberanos numa tentativa de acalmar os mercados da dívida na região, porém somente após os governos locais solicitarem ajuda e se comprometerem com estritas condições.
Mais cedo, agradaram os investidores os números do mercado de trabalho nos EUA, que criou 163 mil empregos em julho, mais que os 95 mil estimados por economistas consultados pela Dow Jones, e os índices dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos EUA, Espanha e zona do euro, que surpreenderam positivamente. A exceção foi o Reino Unido, cujo PMI recuou, sinalizando contração da atividade econômica pela primeira vez em mais de três anos.
O índice de Londres, o FTSE 100, subiu 2,21% e encerrou o pregão aos 5.787,28 pontos, o nível mais alto em três meses. Na semana, o ganho da bolsa inglesa foi de 2,84%. A Aviva, maior seguradora do Reino Unido, liderou os ganhos, com uma alta de 7,4%. Todas as ações do índice, com exceção de duas, avançaram nesta sexta.
Em Paris, o índice CAC-40 fechou na máxima do dia, aos 3.374,19 pontos, 4,38% acima do nível do pregão anterior. As ações do setor financeiro deram um salto, com ganhos para Société Générale (10,3%), BNP Paribas (8,7%) e Crédit Agricole (8%). A AXA, do setor de seguros, subiu 5,1%. Na semana, o índice francês garantiu alta de 2,87%.
O índice FTSE Mib, de Milão, registrou o maior avanço do dia, de 6,34%, para 14.124,89 pontos, a máxima do pregão. O ganho na semana também foi expressivo, de 3,84%. O setor bancário, que tem acumulado fortes perdas ao longo do ano, se destacou hoje: Intesa Sanpaolo e UniCredit dispararam 13% e 8,4%, respectivamente. Outro destaque foi a Enel, que saltou 6,2%.
Impulsionado pela fala de Rajoy, o índice Ibex-35, de Madri, teve o segundo melhor desempenho hoje, subindo 6% para 6.755,70 pontos, a máxima desta sexta, e assegurando uma alta de 2,09% na semana. A Repsol teve o maior ganho, de 9,3%, seguida pelo BBVA, que avançou 8,3%.
O índice Dax, de Frankfurt, fechou em alta de 3,93%, aos 6.865,66 pontos. Os bancos também se destacaram na Alemanha: Deutsche Bank e Commerzbank apresentaram ganhos respectivos de 8,7% e 6,3%. A Siemens, que anunciou um programa de recompra de ações, subiu 6,2%. Na semana, a alta da bolsa alemã foi de 2,63%.
A Bolsa de Lisboa teve alta relativamente menor, de 1,41%, com o índice PSI-20 a 4.633,45 pontos. O ganho ao longo da semana foi modesto, de apenas 0,44.
Fonte: O Estado de S.P.
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