sexta-feira, 23 de março de 2012
Para especialistas, é preciso investir mais no etanol
O consumo de energia vai crescer 40% até 2020 e o mundo tem o desafio de prover essa demanda, que deve ser acompanhada por um avanço de 10% da população mundial no período. Para discutir as possibilidades energéticas sustentáveis o evento A Global Collaboratory on Energy reuniu várias especialistas no assunto.
Organizado pela DuPont América Latina, o evento contou com a presença de dirigentes e especialistas como o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank, e do físico e pesquisador da USP José Goldemberg.
Na opinião de Goldemberg, já passou da hora de procurar por fontes alternativas de energia. "Os combustíveis fosseis acabarão em quatro ou cinco décadas. Eles estão distribuídos de forma disforme. A maior parte está no Oriente Médio, região atormentada por conflitos, e ainda existe o problema ambiental que causam. Se não investirmos em fontes de energia sustentáveis, vamos ficar sem energia", ressaltou Goldemberg.
O quadro energético brasileiro é bom em relação a outros países. Dados governamentais indicam que quase 45% das necessidades energéticas do País em 2010 foram supridas por fontes renováveis. No globo, o porcentual é de apenas 13%. Na próxima década, a demanda por energia deverá aumentar em cerca de 60% no Brasil.
O presidente da Unica, Marcos Jank, criticou a política energética do País. "No Brasil falta uma estrutura estável para produção de energia renovável. Não existem políticas nacionais favoráveis, falta colaboração. Nosso futuro energético não é o petróleo", disse Jank.
O presidente da DuPont na América Latina, Eduardo Wanick, abordou as dificuldades de ´ser verde´, uma vez que é preciso educar toda uma cadeia de valores. Ele defendeu que o Brasil invista noetanol. "Nós temos as melhores condições para sua produção, precisamos nos aproveitar disso e ressuscitar o etanol no mercado energético", diz Wanick.
Jenifer Rosa
Fonte: Portal Terra
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