terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Bovespa sobe 1,77% com esperança de alívio da crise europeia



A Bovespa subiu nesta segunda-feira, com investidores esperançosos por um alívio da crise na zona do euro e depois de um pacote fiscal da Itália.

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou com alta de 1,77%, a 58.910 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 5,86 bilhões.

Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones subia 0,24%, às 18h24, enquanto o Standard & Poor's ganhava 0,6%.

No final de semana, o governo italiano aprovou o aumento de impostos, reformas previdenciárias e incentivos para estimular o crescimento, inaugurando uma semana crucial na Europa, com uma reunião de líderes locais na quinta e sexta-feiras, em Bruxelas, e que deve acertar um plano mais amplo de resgate.

Além disso, os líderes de França e Alemanha concordaram com a necessidade de reformas para impor disciplina orçamentária na zona do euro, afirmando que o tratado da União Europeia precisa sofrer modificações enquanto o grupo busca uma solução rápida para a crise da dívida.

"A Itália era algo que o mercado temia, e isso traz melhora no cenário da crise", afirmou o analista Luiz Gustavo Pereira, da UM Investimentos.

Ele considerou que também há expectativas positivas com a reunião no final da semana, mas ressaltou que ainda há incertezas. "Há uma melhora no curto prazo, mas o cenário ainda é nebuloso".

No Ibovespa, a ação da LLX foi destaque de alta, disparando 10,06%, a R$ 3,61. A empresa informou pela manhã que a Intermoor do Brasil assinou um contrato de aluguel de área no Superporto de Açu, com uma estimativa de receita de aproximadamente R$ 3,6 milhões por ano com tarifas portuárias e aluguel de área.

Segundo Pereira, apesar do valor ser baixo, o contrato foi bem recebido pelo mercado já que a empresa ainda está iniciando suas operações.

Na outra ponta, Banco do Brasil registrou a maior queda, de 2,85%, a R$ 24,17, com investidores preocupados com a notícia de que o governo prepara uma nova capitalização dos bancos públicos que pode chegar a R$ 40 bilhões, segundo o jornal "O Globo".

Entre as ações de maior peso no índice, a preferencial da Petrobras subiu 1,95%, a R$ 22,97, enquanto a da Vale avançou 1,48%, a R$ 40,50.

EUROPA

Já o principal índice das ações europeias avançou ao maior nível em cinco semanas nesta segunda-feira, após o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, concordarem em uma série de medidas para ajudar a resolver a crise do euro.

O índice FTSEurofirst 300 avançou 0,93%, para 994 pontos, maior patamar de fechamento desde 31 de outubro após a alta de 8,5% acumulada na semana passada.

As ações dos bancos subiram com força, com o índice STOXX Europe 600 Banking Index em alta de 2,53%. O índice, porém, ainda tem queda de quase 30% no ano, com muitos bancos sofrendo baixas contábeis por causa da crise do euro.

Em Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 0,28%, a 5.567 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX avançou 0,42%, para 6.106 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 subiu 1,15%, para 3.201 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib encerrou em alta de 2,91%, a 15.926 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrou ganho de 1,72%, para 8.705 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 teve valorização de 1,83%, para 5.683 pontos.

DÓLAR

O dólar, por sua vez, ficou em leve alta nesta segunda-feira, anulando a queda no fim da sessão para encerrar a série de seis dias seguidos de baixa.

A moeda norte-americana fechou em alta de 0,18%, a R$ 1,7917. O movimento do dólar no Brasil acompanhou durante a maior parte do dia o mercado internacional.

Em relação a uma cesta com as principais divisas, a moeda norte-americana subia 0,02% às 17h. As commodities, que têm relação direta com o real por causa da pauta de exportações brasileira, caíam 0,15%.

Durante quase toda a sessão prevaleceu o otimismo após Sarkozy e Angela Merkel anunciarem o acordo sobre as propostas para por fim à crise.

Mas, no fim da tarde, a possibilidade de que a agência de risco Standard & Poor's coloque em revisão para downgrade a nota de países como Alemanha e França aumentou a aversão a risco do mercado, provocando a leve alta do dólar, segundo dois operadores de corretoras em São Paulo.

Fonte: Folha Online

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