segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Canaviais velhos cobrem metade da área do Paraná
A área de canaviais velhos (com mais de cinco anos) do Paraná deve superar neste ano os 350 mil hectares, metade da área total do Estado cultivada com cana destinada à produção de açúcar e etanol. De acordo com a Alcopar, associação que representa as usinas sucroalcooleiras do Estado, seriam necessários investimentos de R$ 2,5 bilhões para equacionar esse déficit.
Nos anos de 2008 e 2009, praticamente não houve renovação de áreas no Estado, diz Adriano Dias, superintendente da Alcopar. O executivo estima que a recuperação atingiu apenas metade da área que deveria ter sido renovada no ano que passou.
Agora em 2011, a situação financeira das usinas está melhor do que nos anos anteriores, afirma Dias, mas o clima não foi favorável ao plantio. Com isso, diz, o déficit que até 2010 era de 350 mil toneladas, deve subir. "Por enquanto, as usinas não conseguiram realizar nem metade da área prevista pois não há água no solo para fazer o plantio. O clima está muito seco", acrescenta.
Diante desse cenário, Dias acredita que a oferta de cana para o ano que vem - safra 2012/13 - será muito parecida com a desta safra ou até menor.
A previsão oficial da Alcopar é de que a moagem de cana no Paraná neste ciclo 2011/12 será de 42 milhões de toneladas, 3,4% abaixo da temporada passada, a 2010/11.
Mas, em fevereiro deste ano, a entidade previa um número bem maior, pois havia sobra de 6 milhões de toneladas de cana da safra anterior. "A expectativa era de que teríamos 49 milhões de toneladas, mas fizemos uma estimativa conservadora para moer 47 milhões de toneladas. Estamos agora prevendo 42 milhões de toneladas, mas há possibilidade de esse número ficar entre 40 milhões e 41 milhões de toneladas", afirma Dias.
De qualquer forma, se a safra paranaense, que será finalizada em novembro, atingir mesmo 42 milhões de toneladas, a produção de açúcar será de 3 milhões de toneladas e a de etanol, de 1,4 bilhão de litros. No ciclo passado, o Estado produziu 3,02 milhões de toneladas de açúcar e 1,616 bilhão de litros de etanol.
Fonte: Valor Econômico
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