Pesquisadores da USP de São Carlos e de Pirassununga, em São Paulo, trabalham para aperfeiçoar uma tecnologia que permite, por meio da análise das folhas, detectar precocemente problemas no desenvolvimento de lavouras de milho. O programa, até agora, só foi testado com o milho, mas o mesmo princípio pode ser usado em outras culturas.
O professor Pedro Henrique Cerqueira Luz explica a diferença que faz a falta de nutrientes. “Nós temos estudos na literatura, por exemplo, com micronutrientes, que a produtividade pode aumentar em 30% ou 40%, dependendo da intensidade da falta do nutriente”, diz.
O problema é descobrir se há deficiência de nutrientes na fase de desenvolvimento da lavoura. Em busca de uma solução, pesquisadores cultivaram pés de milho usando estratégias diferentes para cada um. Na estufa, cada planta recebeu diferentes doses ou não recebeu os nutrientes necessários. Isso provoca mudanças nas plantas, mas muitas delas não são visíveis.
As folhas de milho são colocadas no escâner, que copia detalhes microscópicos da planta e armazena dados no computador. As informações vão para o Instituto de Física da USP de São Paulo.
Os pesquisadores desenvolveram um programa que consegue identificar a falta de nutrientes quando a planta ainda está pequena, o que permite corrigir possíveis deficiências antes do grão atingir o ponto de colheita. A partir da análise o computador gera um gráfico, que é comparado ao de uma planta saudável.
“Se a planta estivesse no limiar de deficiência de manganês, o agrônomo já providenciaria uma adubação foliar de manganês para corrigir a deficiência nutricional dentro do mesmo ciclo do milho, visando potencializar a produtividade do milho”, esclarece o agrônomo Pedro Henrique Cerqueira Luz.
Fonte: Globo Rural
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