quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Bovespa se descola do exterior e fecha em alta de 1,38%
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) terminou a quarta-feira em alta, retomando a série de valorizações interrompida na véspera por uma realização de lucros. Agora, o mercado brasileiro acumula queda de 6,37% no mês --o número chegou a passar dos 17% na segunda-feira passada.
Hoje, o Ibovespa, o termômetro dos negócios da Bolsa paulista, subiu 1,38%, atingindo os 55.073 pontos. O giro financeiro foi de R$ 13,11 bilhões --bem acima da média.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones teve alta de 0,04%. O Nasdaq, dominado pelo setor tecnológico, caiu 0,47%, enquanto o índice ampliado Standard & Poor's 500 registrou valorização de 0,09%.
O dólar comercial foi negociado por R$ 1,585, na venda, em queda de 0,43%.
Perguntas e respostas sobre investimentos na crise
Beneficiada pelo movimento de compra de ações ainda baratas, a Bolsa doméstica conseguiu se descolar do mercado norte-americano --que operou em queda durante boa parte do dia e terminou a sessão com estabilidade.
Ao longo do dia, a Bolsa oscilou bastante, chegando a cair 0,91% no começo da tarde. Com a melhora à tarde, no entanto, acabou fechando na máxima do dia.
"Estamos com uma força compradora melhor que lá fora, pois o nosso mercado estava bem depreciado. Mas a volatilidade vai ser uma presença normal no mercado depois dos acontecimentos nos EUA e na Europa", afirmou Leandro Martins, analista-chefe da Walpires Corretora.
De acordo com ele, o setor bancário e os papéis da própria BM&FBovespa, "que estavam bem defasados nas últimas semanas" estão se recuperando e ajudando a Bovespa nessa recuperação. As ações preferenciais do Itaú Unibanco subiram 2,99%, para R$ 28,85. Já os papéis ordinários da Bolsa tiveram valorização de 2,77%.
Entre as principais notícias do dia, fontes da Casa Branca disseram que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciará um pacote econômico para incentivar a geração de empregos e encontrar cortes no Orçamento que ultrapassem a meta de US$ 1,5 trilhão estabelecida pelo comitê parlamentar de redução de deficit.
Suas ideias serão colocadas durante um discurso imediatamente depois do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, em 5 de setembro.
EUROPA
A inflação anual na zona do euro também está entre os destaques do noticiário do dia. O indicador abrandou em julho dentro das expectativas dos analistas.
Foi registrada alta de 2,5% no mês passado, na comparação com um ano antes. Em junho, tinha ficado em 2,7%, no mesmo tipo de comparação.
Também hoje a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, levantaram em carta dirigida ao presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, a possibilidade de suspender fundos estruturais aos países que não reduzirem o deficit.
De volta aos EUA, o PPI (Índice de Preços ao Produtor) teve alta de 0,2% em julho na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal. Em junho, tinha recuado 0,4% e, em maio, subido 0,2%.
No mercado doméstico, o ICE (Índice de Clima Econômico) do Brasil recuou de 5,9 pontos em abril para 5,8 pontos em julho e ficou abaixo da média histórica dos dez últimos anos (6,0 pontos).
O indicador, elaborado em parceria entre o instituto alemão Ifo e a FGV (Fundação Getulio Vargas), passou a refletir a situação desfavorável em Portugal, Grécia, Espanha, Itália e Reino Unido.
Fonte: Folha Online
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