quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Safra de soja beira os 90 milhões de toneladas
O Brasil deverá viver mais um período de área e produção recordes de soja na safra que será semeada neste ano e colhida no próximo.
As primeiras estimativas das consultorias indicam que a área deverá ficar próxima de 30 milhões de hectares, enquanto a produção se aproximará dos 90 milhões de toneladas. Esses números nunca foram vistos no país.
O primeiro levantamento da AgRural indica que os produtores brasileiros deverão dedicar 29,5 milhões de hectares para a soja, 6% mais do que na safra 2012/13.
Se os dados da área se consolidarem e a produtividade mantiver a tendência das últimas dez safras, a produção deverá atingir 89,1 milhões de toneladas, segundo a consultoria. Neste ano, o país produziu 81,5 milhões.
Daniele Siqueira, analista da AgRural, diz que, embora as cotações de Chicago apontem valores inferiores aos de há um ano, a alta do dólar tem um efeito positivo sobre os preços em reais.
A Safras & Mercado prevê uma ampliação da área para 29 milhões de hectares na safra 2013/14, um avanço de 4% em relação à anterior.
Se a área for confirmada e o clima ajudar, a produção nacional subirá para 88,2 milhões de toneladas, nas contas da consultoria.
Perspectivas de lucratividade, oferta de crédito oficial e privado, além de estimativas de preços médios bons, estão levando mais produtores para a soja, segundo os analistas da Safras.
Leonardo Sologuren, da Clarivi, está terminando o primeiro levantamento de intenção de plantio. Os números não serão muito diferentes dos apresentados pelas demais consultorias, diz ele.
Na avaliação de Sologuren, o grande perdedor nesta safra que se inicia será o milho.
Ele também acredita que os preços da soja, a evolução do crédito e o câmbio pesam a favor da oleaginosa.
A confirmação desses números para o país na safra 2013/14 serão um desincentivo ao plantio em 2014/15, segundo Sologuren.
Além de safra recorde no Brasil, os demais países da América do Sul e os Estados Unidos terão bons números, o que permitirá uma recomposição dos estoques.
Essa recomposição, mais uma desaceleração da economia chinesa, deverá influenciar nos preços.
Mauro Zafalon
Fonte: Folha de S. Paulo
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