Safra de cana mineira tem previsão de 57 milhões de toneladas

A Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais - SIAMIG divulgou hoje a estimativa da safra de cana-de-açúcar de 2013-14 de 57 milhões de toneladas, a maior safra colhida no histórico do estado, ou 10% acima das 51,7 milhões de toneladas da safra 2012/13.

A previsão é também de alta de 5% na produção de açúcar ou 3,6 milhões de toneladas e 19% na produção de etanol (anidro+hidratado) ou 2,4 bilhões de litros, frente aos 2,003 bilhões de litros da safra passada.

De acordo com o Secretário Executivo da entidade, Mário Campos, a produção este ano será mais alcooleira com um mix de 52% da moagem voltado para o etanol na comparação com os 48,8% da safra 2012-13. "Haverá uma recuperação nos volumes de etanol e também esperamos retomar o consumo deste combustível no estado, que reduziu drasticamente desde o final de 2009", afirma.

Mário Campos diz que em função do início da safra, os preços do etanol hidratado já ficaram mais baixos na produção, passando de R$ 1,30 em abril para os atuais R$ 1,13, segundo CEPEA/ESALQ, somado a alteração no recolhimento do PIS/COFINS, que retirou os R$ 0,12 do preço do litro, trazendo maior competitividade ao etanol, porém, ainda não repassado na bomba.

Caso a redução fosse repassada ao consumidor, o atual valor do litro do etanol na bomba em torno de R$ 2,19 (segundo ANP) passaria para R$ 1,91. Dessa forma, a paridade com o preço médio do litro da gasolina em Minas Gerais a R$ 2,90 seria de 66%, já na comparação com o valor de R$ 2,78 da gasolina em Belo Horizonte, a relação seria 69%, ou seja, ambas competitivas para o etanol.

Mário Campos ressaltou que as medidas anunciadas pelo governo federal quanto ao PIS/COFINS, Prorenova e warrantagem vão dar um fôlego ao setor, porém, ainda é pouco para a retomada dos investimentos. "É preciso mais incentivos e identificação do real papel do etanol na matriz veicular do país", destacou.


Renovação dos canaviais

O aumento da moagem de cana de açúcar este ano em Minas Gerais, segundo Mário Campos, se deve a recuperação da produtividade para cerca de 78 t/ha, em função do esforço dos produtores na renovação do canavial e aumento de área.

A safra deste ano começou mais cedo e o clima mais seco desde meados de abril já possibilitaram a moagem, até a primeira quinzena de maio, de 7,3 milhões de toneladas de
cana (13% do total previsto) e mais que o dobro do colhido no mesmo período do ano passado.

A produção de açúcar até a primeira quinzena de maio está em 309 mil toneladas (9% do total previsto) e a produção total de etanol está em 266,3 milhões de litros ou 11% da previsão.

Fonte: Comunicação Siamig