segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Foco de praga biológica do eucalipto é detectado em São Borja (RS)



Grupo formado por extensionistas da Emater/RS-Ascar, professores e acadêmicos do Laboratório de Entomologia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), detectou em uma propriedade do assentamento São Marcos, em São Borja, na Fronteira-Oeste, foco de infestação causado pela vespa Leptocybe invasa, popularmente conhecida como Vespa-da-galha do Eucalipto. A praga florestal, que já foi encontrada em oito estados brasileiros, na Argentina e no Uruguai, ainda não havia sido detectada no Rio Grande do Sul. A constatação e o registro fotográfico da ação danosa da vespa sobre o eucalipto foi feita no dia 24 de janeiro, em visita à propriedade rural.

O inseto, originário da Austrália, ataca mudas e, preferencialmente, plantas jovens, prejudicando as brotações e chegando a causar desfolhamento e morte da planta. “A planta começa a emitir excesso de ramificações, ou seja, fica deformada e passa a crescer menos”, explica o assistente técnico de manejo dos recursos naturais do escritório regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, engenheiro florestal Gilmar Deponti.

A suspeita sobre o ataque da praga começou com o envio de fotos e amostras coletadas no assentamento pelo extensionista do escritório municipal da Emater/RS-Ascar de São Borja, técnico em agropecuária Clóvis Roberto Schwengber. O material foi enviado imediatamente ao Departamento de Defesa Fitossanitária da UFSM, para identificação do inseto.

Para confirmar a espécie, o grupo interinstitucional esteve na propriedade do agricultor Emiliano Lopes. “No bosque encontramos vespas em diferentes estágios de desenvolvimento, verificando que 90% das plantas haviam sido atacadas”, diz Deponti. A vespa tem um ciclo de vida de 130 dias e, durante os cinco dias em que ela está em estágio adulto, poderá fazer novas posturas.

Deponti diz que existem três formas de contenção da praga. “O controle biológico, através da inserção de inimigos naturais da vespa, método que está de acordo com a certificação da produção florestal; a utilização de produtos químicos através de inseticidas sistêmicos, que não podem ser usados por não estarem registrados para a cultura eucalipto; ou a erradicação total das plantas da área que, por tratar-se de apenas dois hectares, se apresenta como a mais viável”, explica o técnico.




Fonte: Emater

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