terça-feira, 13 de março de 2012
Pesquisa aponta que aplicação adequada de cálcio e silício
A engenheira agrônoma Sueyde Fernandes de Oliveira estudou a influência da aplicação de cálcio (Ca) e silício (Si) na água de irrigação (fertirrigação) em características qualitativas e produtivas de gérbera. Ela diz que para se ter produtividade no cultivo de gérbera é preciso ter o manejo da nutrição adequado e rigorosamente controlado. A pesquisa feita por Sueyde foi desenvolvido no programa de Pós-graduação em Fitotecnia, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ) e teve orientação de Simone da Costa Mello, professora do Departamento de Produção Vegetal (LPV).
De acordo com o estudo, as informações sobre a nutrição de gérbera de corte na literatura ainda são escassas a nível nacional. O trabalho de Sueyde revelou que a aplicação de 2,95 mmol L-1 de Si resultou resultou em maior número de flores com longevidade comercial, determinada pelo número de dias para o aparecimento dos seguintes sintomas: haste com pétalas desbotadas e/ou escurecidas; presença de manchas e/ou doenças; haste murcha; haste muito curvada ou tombada; haste com mais da metade dos discos florais visivelmente abertos. A dose de 400 mg L-1 de Ca reduziu a perda e massa das flores durante o período pós-colheita. “As informações obtidas auxiliam o produtor no manejo de gérbera e o setor de pesquisa na área de floricultura, contribuindo para os estudos relacionados à nutrição dessa espécie”. O experimento foi realizado entre novembro de 2009 e setembro de 2010 e conduzido em casa de vegetação na área experimental do LPV, com o objetivo de estudar 3 níveis de Ca (7,5; 10 e 12,5 mmol L-1) e 4 níveis de Si (0; 2,95; 4,43 e 5,89 mmol L-1), aplicados via solução nutritiva. A partir do início das aplicações de Ca e Si, na fase reprodutiva, foi registrado semanalmente o número de hastes florais por planta.
No final da fase vegetativa foram avaliados o número de folhas, a área foliar, a massa seca e os teores de nutrientes nas folhas. Já na fase reprodutiva, o crescimento e produção da gérbera foram avaliados pelo número de folhas, área foliar, massa seca das folhas, hastes e capítulos. Nesses mesmos períodos também foram determinados os teores de nutrientes nas folhas, hastes e capítulos florais, longevidade e perda de massa das flores no período pós-colheita, além da qualidade das flores em seu ponto de colheita, avaliada por meio do comprimento e diâmetro da haste, diâmetro do capítulo e intensidade da coloração das pétalas. No período pós-colheita, as flores foram avaliadas considerando quantos dias estas se caracterizavam como comerciais.
Fonte: Gazeta Digital
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