quinta-feira, 29 de março de 2012

Estoques de café podem cair para nível crítico, diz CNC

Os estoques de café podem recuar a níveis críticos antes do início da próxima safra no Brasil, em julho, de acordo com o Conselho Nacional de Café (CNC).

Os estoques do grão nos países exportadores eram de 17,4 milhões de sacas no início da temporada 2011/12, os menores já registrados, segundo dados da Organização Internacional do Café (OIC), divulgados em fevereiro. Já os estoques dos países importadores estavam em 22,3 milhões de sacas no período, de acordo com a OIC.

“Os estoques de café no Brasil e nos países importadores continuam a recuar e podem atingir níveis críticos no final do período de entressafra", disse Silas Brasileiro, presidente do CNC, em relatório da entidade.

A produção brasileira está estimada entre 49 milhões e 52,3 milhões de sacas na temporada 2012/13, um ciclo de alta produtividade em função da bienalidade da cultura, de acordo com projeções do governo.

“Nós continuamos a aconselhar os produtores a ter cuidado ao vender a safra neste momento de preços baixos no mercado internacional. Eles devem esperar melhores oportunidades que podem surgir até o fim do período da entressafra”, afirma Silas Brasileiro.

A próxima safra brasileira será suficiente para atender a demanda local e exportação e não vai gerar excedentes de estoques para a temporada 2013/14, conclui o Escritório Carvalhaes. (Bloomberg)




Café: mundo precisará de mais 25 mi/scs em 10 anos –, diz illycaffè




O mundo vai precisar de mais 25 milhões de sacas de café produzidas em 10 anos, devido ao crescimento da demanda global. O incremento no consumo deve vir especialmente de países emergentes. A estimativa é de Andrea Illy, chefe-executivo da Illycaffe, noticiaram agências internacionais.

O crescimento no consumo vem a uma taxa de 2% ao ano. Além disso, condições climáticas desfavoráveis em países produtores, como o que foi visto recentemente na Colômbia, devem limitar o aumento na produção neste ano 2012 de grande safra no Brasil. E já no próximo ano o Brasil volta a colher uma safra menor, o que limita a oferta global. (Safras & Mercado).


Incidência de mancha aureolada e risco de nematóides preocupam cafeicultores


Na quarta-feira (21), na programação do I Encontro de Atualização em Fitopatologia, organizado pelos núcleos de estudo em Fitopatologia (Nefit), em Cafeicultura (Necaf) e em Pós-Colheita do Café (Pós-Café) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), dois temas que tem preocupado a cafeicultura nacional foram colocados em destaque: a alta incidência da mancha-aureolada e o risco de disseminação do nematóide formador de galhas Meloidogyne paranaensis, uma das espécies mais nocivas ao cafeeiro.

A mancha aureolada, causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv. Garcae continua a atacar severamente algumas regiões produtoras e ser uma preocupação, sobretudo, para lavouras em formação, de altitude e em faces expostas a ventos. O alerta de alta incidência foi feito durante a palestra da pesquisadora do Instituto Biológico (IB) do Estado de São Paulo, Flávia Rodrigues Alves Patrício.

Segundo a pesquisadora, assim como em outras regiões produtoras, amostras coletadas em lavouras no Sul de Minas e no Cerrado Mineiro apresentaram a doença com relativa freqüência e, em algumas situações, com gravidade. A mancha aureolada é uma doença que causa prejuízos mesmo em lavouras bem cuidadas, especialmente em lavouras novas e cafeeiros podados. Os frutos em formação também são mais susceptíveis.

Segundo Patrício, em 2011 houve alta taxa de infestação nos viveiros, o que preocupa ainda mais o setor produtivo, visto que a melhor forma de controle é não permitir que a doença penetre na planta. Outro problema está na dificuldade de diagnosticar a doença no campo, já que a doença pode causar seca de ramos e desfolha sendo, com relativa freqüência, confundida com mancha de phoma ou mesmo distúrbios nutricionais ou climáticos.

Segundo resultados de pesquisas, o controle deve ser principalmente preventivo, por meio da instalação de quebra-ventos, quando possível, ainda durante a formação da lavoura. Porém, se a doença estiver presente no campo, para uma melhor convivência podem ser efetuadas pulverizações com cúpricos, antes e após o período de colheita.

Levantamento de Nematóides – A pesquisadora da Epamig Sônia Maria de Lima Salgado fez uma explanação sobre os desafios do levantamento e riscos de nematóides paranaensis em solo mineiro. Em suas considerações, ela ressaltou a importância de identificar as espécies predominantes nas lavouras. A pesquisadora chamou mais uma vez a atenção para o tema, apontando para a necessidade de apoiar as iniciativas de contenção da doença, evitando a disseminação do nematóide a partir de focos já localizados, com especial atenção a levar as informações ao produtor. Também reforçou o desafio de levar as pesquisas do laboratório para o campo, em áreas infestadas, buscando alternativas práticas para a contenção da doença. Segundo dados de pesquisa, a resistência genética é apontada como alternativa para driblar a doença, já que a área, uma vez infestada, torna-se difícil o controle.

O levantamento do nematóide em solo mineiro foi apontado como uma das prioridades no relatório final do Fundo Estadual do Café, criado recentemente pelo governo de Minas, mas ainda não iniciado. Atualmente, uma equipe coordenada pela pesquisadora Sônia Salgado realiza um levantamento piloto em 11 municípios do sul de Minas, com o apoio da Emater e recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig). (Polo de Excelência do Café)

Fonte: CNC/Valor/Safras

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