terça-feira, 6 de março de 2012
Czarnikow eleva previsão de excedente de açúcar 11/12
A Czarnikow elevou nesta segunda-feira sua previsão para o excedente global de açúcar 2011/12 para 7,7 milhões de toneladas, em valor bruto, acima da estimativa anterior, de 6,1 milhões.
A produção global foi projetada para atingir um recorde de 178,1 milhões de toneladas, ante as 177,1 milhões vistas anteriormente.
"Agora é certo que os estoques globais vão subir este ano. Após três anos de rebaixamentos, a produção global recorde verá o equilíbrio da oferta de açúcar em seu melhor estado em muitos anos", disse o diretor da comerciante Czarnikow, Toby Cohen.
A previsão ficou em conformidade com a estimativa média da pesquisa feita pela Reuters, divulgada em janeiro, de um excedente de 7,97 milhões em 2011/12.
"As safras de beterraba têm desempenhado um papel fundamental no excedente, com excelentes safras do hemisfério norte contrastando com decepcionantes safras de cana no hemisfério sul", disse a consultoria em sua nova estimativa.
"Os grandes produtores de cana do hemisfério norte, como Índia, Tailândia, EUA/México e China estão agora no meio da moagem e devem mostrar uma melhora no ano na produção geral", disse o relatório.
CRESCIMENTO DO CONSUMO CAI
A Czarnikow informou ainda que a taxa de crescimento do consumo de açúcar caiu devido, em parte, ao uso de adoçantes alternativos e preços elevados.
"Entre 2006 e 2008, o consumo de açúcar cresceu a uma média de 3,3 por cento -acima da taxa média de crescimento da população", disse a consultoria.
"No entanto, entre 2009 e 2011, o consumo cresceu pouco menos de 1 por cento ao ano, menos que a taxa de crescimento da população, e um indicativo de queda do consumo per capita, ligada à crescente substituição."
A Czarnikow disse que as primeiras indicações sugerem que a produção de açúcar de cana 2012/13 seria superior a 140 milhões de toneladas, em valor bruto, contra 138,3 milhões na temporada anterior. A consultoria citou uma esperada recuperação da produção brasileira.
A safra do Brasil encolheu pela primeira vez em uma década no ano passado, após usinas adiarem a renovação doscanaviais e devido ao mau tempo.
"Este revés parece ter impulsionado o setor e o governo brasileiro a agir, com foco em uma melhor situação financeira das usinas e em aumentar o rendimento agrícola, com o objetivo de elevar a produção de etanol", disse a Czarnikow.
Nigel Hunt
Fonte: Reuters
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