Elaborar um mapa cartográfico unificado da faixa de 15
quilômetros a partir da fronteira, onde vigorava as restrições da Zona de
Alta Vigilância (ZAV), e atualizar a identificação individual de bovinos,
bubalinos, ovinos e caprinos no Brasil e Paraguai. Estas foram algumas das
definições tomadas durante a reunião entre representantes do Ministério da
Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Serviço Nacional de Calidad e Salud Animal
(Senacsa), que aconteceu no Sindicato Rural de Ponta Porã (MS), nesta quinta e
sexta-feira (08 e 09.03), com objetivo de intensificar as medidas preventivas
contra a febre aftosa em curso nos dois países.
O encontro teve a presença do diretor do Departamento de Saúde Animal
(DSA) do Mapa, Guilherme Marques, e do presidente do Senacsa, Félix Otazu
Leguizamón. Entre as práticas a serem adotadas estão o alinhamento de
critérios para a identificação das propriedades de risco. "Algumas ações
tinham critérios diferentes em cada lado da fronteira. Com a unificação de
critérios a vigilância será mais padronizada", explica o médico
veterinário da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Horácio
Tinoco, presente no encontro.
Entre as ações programadas também estão medidas preventivas tais como
treinamentos sanitários educacionais para produtores e estudantes nos dois
lados da fronteira e o fortalecimento do intercâmbio de informações de
cadastro e das marcas dos animais. Outra medida alinhada será a análise
criteriosa da eficiência das campanhas de vacinação. Todas as ações
programadas em conjunto serão executadas na extensão de fronteira que vai de
Porto Murtinho, região pantaneira, até Mundo Novo, Sul de Mato Grosso do Sul.
O diretor do Mapa afirmou que só ações conjuntas vão possibilitar que o
continente sul-americano se livre da aftosa. "É possível erradicar a
doença, pois sabemos como ela se comporta. Precisamos de políticas permanentes
de melhoria do serviço sanitário", afirmou. "O problema não é brasileiro
ou paraguaio. O problema é nosso", enfatizou o superintendente Federal da
Agricultura (SFA), Orlando Baez.
A próxima reunião entre autoridades sanitárias dos dois países foi
marcada para outubro, no Paraguai. "Foi uma reunião produtiva na medida em
que houve transparência dos dois países, ficou clara a disponibilidade de
ambos para ações cooperadas e avançamos com medidas extras de prevenção",
avaliou o presidente da Famasul, Eduardo Riedel.
Além do Mapa, Senacsa e Famasul, participam da reunião na fronteira a
secretária de Produção e Turismo de MS (Seprotur), Teresa Cristina Dias, o
superintendente Federal da Agricultura (SFA), Orlando Baez, a diretora da
Agência Estadual de Defesa Animal e Vegetal (Iagro), Cristina Carrijo, e
representantes de sindicatos rurais dos municípios de Antônio João, Aral
Moreira, Caracol, Bela Vista, Sete Quedas e Ponta Porã. As informações partem
da Assessoria de Imprensa da Famasul.
Fonte: Safras e Mercados
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