quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Manejo de plantas daninhas está na pauta dos produtores de soja



Na pauta dos produtores de soja, um dos assuntos que mais demanda atenção nesta fase de desenvolvimento da cultura é o manejo das plantas daninhas na pós-emergência. Antes de estabelecer qualquer estratégia de manejo, o ideal é analisar o resultado do controle das plantas daninhas na pré-semeadura (dessecação), afirma o pesquisador Dionísio Gazziero, da Embrapa Soja. “Partindo do princípio de que o manejo na pré-semeadura foi bem feito, o produtor vai ter um período para eliminar as infestantes que germinaram após o plantio, sem que haja interferência dessas espécies na cultura da soja”, diz.

Gazziero diz que o conhecimento sobre as espécies predominantes na área, sua forma de distribuição e o nível de infestação auxiliam no estabelecimento de um manejo adequado de plantas daninhas. “No caso da soja convencional, a maioria dos produtos disponíveis demanda aplicações com as plantas ainda pequenas, ou seja, com 4 folhas ou com 1 a 2 perfilhos, no caso de gramíneas”, destaca.

Além disso, Gazziero dá algumas dicas para se ter sucesso na aplicação dos herbicidas, como estar atento às condições climáticas. “A temperatura não deve ser muito alta (maior que 30ºC), a umidade não deve estar abaixo de 60% e os ventos não podem ultrapassar 5km/h”, orienta. O pesquisador também considera importante que a aplicação de herbicidas pós-emergentes não seja realizada na presença de muito orvalho. Para cada tipo de aplicação, Gazziero afirma que existem várias alternativas de bicos pulverizadores. “Orientamos para o produtor verificar a uniformidade de volume de pulverização, tolerando variações máximas de 10% entre os bicos”, alerta.

Soja transgênica - O uso de glifosato merece atenção especial quando o assunto é manejo de plantas daninhas resistente. “A seleção de biótipos resistentes (buva e azevém) ao glifosato é um sinal de alerta para toda a cadeia produtiva”, destaca Gazziero.

O pesquisador diz que uma nova preocupação é o crescimento rápido das áreas com capim-amargoso que, assim como a buva, tem facilidade de disseminação. “Para facilitar o controle, as aplicações devem ser feitas com as infestantes no início do desenvolvimento”.

No caso da soja transgênica, as aplicações são realizadas na maioria das vezes entre 20 e 30 dias após a emergência da cultura. Esta época varia em função do tipo de aplicação (dose única ou sequencial). A aplicação sequencial consiste em duas aplicações com intervalos de 7 a 15 dias, com o parcelamento da dose total. “As aplicações sequenciais podem trazer benefícios em casos específicos, melhorando o desempenho dos produtos pós-emergentes e podendo, em certas situações, reduzir custos”, explica o pesquisador.




Fonte: Embrapa Soja

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