terça-feira, 8 de novembro de 2011

Fundação MT não recomenda técnica do plantio cruzado



A Fundação Mato Grosso, mas conhecida como Fundação MT - uma empresa privada de apoio à pesquisa agropecuária – frisa que o plantio cruzado não é uma técnica recomendada, já que vários aspectos devem ser considerados. Como explica o coordenador do Programa de Monitoramento e Adubação (PMA), Eros Francisco, “o plantio cruzado consiste atualmente em uma tentativa e não uma recomendação técnica”. De qualquer modo, a interpretação que entidade faz destas ações do produtor é de que de fato exige a necessidade de um rearranjo espacial das plantas para que a área tenha sua produtividade maximizada.

A Fundação MT não tem feito nenhum estudo que fundamente a tomada de decisão de se plantar cruzado. Nesta safra 11/12 serão acompanhadas algumas áreas com plantio cruzado para se observar o comportamento das plantas e o desempenho em produtividade. Essas áreas estão localizadas na região sul do Estado e na região do Parecis.

“Somente com um estudo detalhado é que se poderia gerar uma recomendação tecnicamente embasada para o plantio cruzado. Isso tomaria pelo menos dois anos de experimentação. Esse estudo envolveria alguns fatores como: variedade, população de plantas, nível de adubação, época de plantio e densidade de semeadura”.

Atualmente, a Fundação MT observa alguns aspectos: a falta de variedade de soja adaptada. “Pode acontecer o acamamento (envergamento de suma sobre a outra) das plantas por excesso de crescimento que acontece sempre que se adensa a população das plantas. Isso trás queda na produtividade”, controle de pragas e doenças. “O esquema de linhas cruzadas de plantas pode dificultar o controle de pragas e doenças uma vez que a aplicação de defensivos será mais dificultada. Isso acarretará em queda de produtividade”, maior consumo de combustível. “A ausência de resposta positiva com a tentativa de se plantar cruzado pode trazer prejuízo já que há a necessidade de se passar com a semeadora por duas vezes sobre a mesma área”.

O pesquisador destaca ainda que diante das observações primárias em campo é que o “plantio cruzado ainda não pode ser chamado de uma ferramenta para aumento da produtividade. Podem haver condições em que a metodologia cause impacto positivo como podem haver várias outras situações de nulidade ou até mesmo de impacto negativo na produtividade”.




Fonte: Diário de Cuiabá

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