quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Confiança do setor sucroalcooleiro aumenta

Mesmo com a quebra na safra da colheita da cana-de-açúcar e a parada antecipada das usinas, após três quedas consecutivas no ano, o índice de confiança dos fornecedores do setor sucroenergético, medido no último bimestre, voltou a subir, passando de 0,52 em agosto, para 0,56 em outubro.

O resultado faz parte de pesquisa Multiplus/Fundace realizada pelo Programa de Pesquisa em Agronegócios (AgroFEA) da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp) da USP (Universidade de São Paulo).

Expectativa

Segundo o professor Maurício Jorge Pinto de Souza, da Fearp e coordenador do AgroFEA, o aumento no índice se deve, principalmente, à expectativa dos gestores de um período mais favorável para os negócios nos próximos meses.

"Esse resultado reflete, principalmente, a expectativa com relação ao período de entressafra que se inicia ao final do ano e aumenta a demanda das empresas fornecedoras de máquinas e equipamentos para o setor", afirma o professor.

Ainda segundo o especialista, além da retomada dos investimentos no período da entressafra, outro fator que explica esse aumento de confiança é que algumas empresas do setor estão atendendo à demanda de outros setores da economia nacional, como petróleo-gás e a indústria de celulose.

"A expectativa dos gestores é que a demanda desses setores continue aquecida", explica.

Descapitalização

Já para o presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise Br), Adézio Marques, sem a demanda das usinas de açúcar e etanol, a indústria de equipamentos também está se descapitalizando. Essa situação acaba contribuindo para que a expectativa dos fornecedores não seja ainda maior.

"A maioria das empresas não consegue nem se diversificar, por conta da falta de capital existente no momento. Essas indústrias estão com seu faturamento em queda desde 2008 e muitas tiveram de se reestruturar de forma expressiva", afirma.

Resultado

O resultado final, 0,56 pontos, é formado pela média ponderada de outros dois índices, o "Índice de Condições Atuais", com peso 1, e que teve resultado de 0,47 pontos, mesmo índice da última rodada, e o "Índice de Expectativas", de peso 2, que obteve 0,60, um aumento de 0,05 pontos, em relação a última pesquisa, em agosto.

Para cada um deles, o gestor aponta sua visão sobre a Economia Brasileira, o Sistema Agroindustrial Sucroenergético, os Fornecedores do Setor e a Empresa da qual participa.

No Índice de Condições Atuais, o empresário responde se houve muita piora, se não se alterou, se melhorou ou melhorou muito. Nesse item a variável Economia Brasileira apresentou uma ligeira queda que, de acordo com os entrevistados, deve-se à crise mundial, que reflete em menor demanda por exportações, maior volatilidade do câmbio e maior cautela em novos investimentos.

Confira a íntegra da notícia no DCI

Fonte: DCI

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