quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Safra recorde pode ser esperada

As cotações favoráveis das principais commodities agrícolas no mercado mundial levam otimismo ao campo, fazendo com que sejam utilizados insumos em maior escala

(Redação Passo Fundo / DM) - O consumo recorde de fertilizantes registrado no Brasil e no Rio Grande do Sul nos meses de julho e agosto é indicador de que a próxima safra também superará os números de 2010, segundo avalia o presidente do Sindicato da Indústria de Adubos do Rio Grande do Sul (SIARGS), Torvaldo Antonio Marzolla Filho. “As cotações favoráveis das principais commodities agrícolas no mercado mundial levam otimismo ao campo, fazendo com que sejam utilizados em maior escala insumos modernos como sementes certificadas, calcário, fertilizantes e defensivos, o que aumenta a produção e a produtividade e os ganhos da atividade”, resume.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA – SP), um dos fatores que explicam esta antecipação é a garantia de uma boa relação de troca, pois assim o agricultor consegue preços melhores já que normalmente eles ficam mais caros no segundo semestre, quando a procura é maior. Além disso, contribuíram para o aumento a maior área plantada e a produtividade na safra 2010/2011, mais produção de milho safrinha, a perspectiva de cotações vantajosas ao longo da próxima safra e a maior arrecadação dos produtores.

A melhor rentabilidade dos produtores de grãos também levou os agricultores brasileiros a investir mais em tecnologias para ampliar a produtividade da lavoura. Segundo dados da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), a busca por sementes certificadas de soja saltou de 64% em 2010 para mais de 70% este ano. Já o milho, cujo índice de uso de sementes certificadas é superior a 90%, a opção foi pela maior tecnologia.

De janeiro a agosto deste ano, as entregas das indústrias gaúchas de adubos ao consumidor final totalizaram 1,876 milhão de toneladas, num incremento de 18,45% comparativamente as 1,583 milhão de toneladas de igual período de 2010. Em nível nacional, o setor entregou 17,053 milhões de toneladas nos oito primeiros meses de 2011, e a expectativa para o fechamento do ano é de atingir 27 milhões de toneladas de fertilizantes entregues no país e 3,3 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul, significando uma expansão de cerca de 10,13% e 6,45%, respectivamente, na comparação com o último ano.

Marzolla reconhece também que os preços dos fertilizantes seguem a tendência de alta das commodities agrícolas, no mercado internacional, porque, além de sua utilização na produção de alimentos, e de fibras (algodão, seda) para a fabricação de vestuário, também são essenciais para o cultivo de matérias-primas para a geração de energia, como cana de açúcar, soja, pinhão manso, mamona, canola, etc.




Fonte: Diário da Manhã

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