quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Relatos e projeção da safra de trigo paranaense

Falamos hoje do trigo no Estado do Paraná, que teve no último dia 30/09 a divulgação da projeção de colheita referente às avaliações da secretaria de agricultura no mês de setembro. Mês que este que por ter sido mais seco favoreceu os cultivos em enchimento de grãos e maturação, proporcionando bom avanço de colheita, vamos aos relatos e informações do principal estado tritícola nacional.

Como muitos agentes da venda de trigo haviam comentado nas últimas semanas, o rendimento por área das lavouras de trigo este ano foram comprometidos, seja pela seca na implantação, ou nas duas geadas que ocorreram no estado. Quanto ao padrão qualitativo, os últimos relatos que recebemos são de lotes mais tardios em melhores condições. Com assinante afirmando recebimento de trigo de excelente padrão nos Campos Gerais, e mesmo fontes do oeste do estado afirmando melhor padrão industrial nos últimos lotes recebidos, entretanto a oferta de forma geral é de qualidade inferior à safra passado, quando moinhos do Rio Grande do Sul afirmavam adquirir trigo paranaense para clareamento de farinhas entre outras aplicações. Moinho do Oeste, assinante de AF News, afirma que os lotes mais adiantados recebidos na região de Foz de Iguaçú, sequer tinham potencial moageiro com baixíssimos valores de falling number.

Se restringindo agora aos dados da SEAB, temos uma redução de 100 mil toneladas no potencial de produção do estado, ficando agora a estimativa em 2,387 milhões de toneladas. Se contarmos que a qualidade de boa parte da produção foi também comprometida, podemos inferir uma grande dependência do Estado em compras no exterior algo que não vimos na safra anterior.

Quanto a comercialização temos somente 9% do produto colhido, embora 54% da área plantada já tenha sido colhida. Repetimos aqui as afirmações de que esta cultura tem negociação muito lenta, e demanda restrita aos moinhos do Sul e Sudeste, de forma geral com menor capacidade de armazenagem do que os moinhos do litoral e capital. Isso sem citar o padrão qualitativo da produção. Relatos de nossas fontes afirmam que os negócios com produtos safra velha, tem sido mais freqüentes do que da safra nova, haja visto as ofertas baixas de compra por parte dos moinhos.

Com preços médios já abaixo do preço mínimo, aguarda-se neste instante uma definição sobre as ações do governo, entretanto, achar mercado para os lotes mais comprometidos e a classificação de lotes com muitos defeitos, devem restringir bastante o retorno aos produtores, que perdem o fator “escala de produção” com os baixos rendimentos obtidos.

Fonte: AF News

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