quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Produtores de cana faturaram até 14% mais em 2010



Fornecedores de cana-de-açúcar ganharam mais na safra 2010/2011 inclusive com remuneração acima dos custos totais de produção, devido o aumento na demanda por açúcar e etanol. No Nordeste e nas regiões de expansão da atividade canavieira, como Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, as receitas superaram os custos em 14% e 10%, respectivamente. Os dados são do estudo elaborado pela CNA em parceria com o Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Pecege/ESALQ), apresentado nesta quinta-feira (29/9) na reunião da Comissão Nacional de Cana-de-açúcar da CNA.

O cenário não foi positivo apenas nas regiões mais tradicionais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, já que os preços ficaram abaixo dos custos totais em 7%, mas foram suficientes para cobrir os custos operacionais da lavoura. “Foi uma safra positiva diante do crescimento da demanda e da menor oferta”, disse o presidente da Comissão Nacional de Cana-de-açúcar da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Gerson Carneiro Leão.

Pesquisa de campo

Os levantamentos de custo de produção foram realizado pelas duas instituições em 10 estados (AL, GO, MG, MS, MT, PB, PE, PR, RJ e SP) dentro do projeto Campo Futuro, desenvolvido com o objetivo de formar uma rede atualizada de dados de custo de produção para orientar o produtor rural na sua atividade. O levantamento foi feito comparando os preços recebidos com os custos totais, que incluem os gastos operacionais, a depreciação de patrimônio e investimentos.

A evolução das margens de lucro em relação aos custos totais nas últimas quatro safras demonstraram que a rentabilidade média do período foi inferior aos custos totais em todas as regiões pesquisadas. Nas áreas tradicionais de produção, por exemplo, os preços pagos aos fornecedores foram, em média, 20% menores do que os custos nas últimas quatro safras.

Segundo a pesquisa, no nordeste e nas regiões de expansão, as rentabilidades foram, respectivamente, 15% e 8% inferiores aos gastos com a atividade, diante dos baixos preços recebidos pela tonelada do produto nas safras anteriores ao período 2010/2011.




Fonte: Jornal da Cana

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