Mesmo com o recebimento de algumas doses da vacina contra a brucelose, no dia 16 de setembro, a região de Ariquemes, em Rondônia, ainda sofre com a falta do produto. Só em uma fazenda da região, 850 novilhas ainda não receberam a dose única, aplicada entre o terceiro e o oitavo mês de vida.
“O número de novilha sendo vacas daqui a dois anos, pode correr um risco de ter um índice de aborto muito grande. Isso causa um prejuízo muito grande para a propriedade e para o mercado internacional”, alerta o veterinário Luís Eduardo Pedro.
A precariedade no abastecimento da vacina na região de Ariquemes dura mais de cinco meses. O pecuarista José Carlos Ferraz percorreu mais de 140 quilômetros atrás da vacina e ainda não encontrou.
A explicação dos representantes comerciais das principais marcas vendidas em Rondônia aos donos de lojas veterinárias é que houve diminuição da produção laboratorial, o que afeta a comercialização do produto.
“A vacina se encontra indisponível. Os fornecedores estão tendo dificuldades em colocar à disposição para podermos comercializar”, esclarece Marcos Gonçalves, dono da loja.
A IDARON, Agência de Defesa Sanitária Animal de Rondônia, acredita na normalização do abastecimento da vacina. Mas enquanto isso não acontece, vai orientar os pecuaristas e não emitirá multas. “A vacinação das bezerras de três a oito meses é obrigatória. Sabendo que o produtor rural não tem responsabilidade, a agência vai analisar caso a caso e o produtor rural não pode ser penalizado por um desabastecimento que ocorreu nas lojas agropecuárias”, explica Murilo Freitas, veterinário da IDARON.
O Ministério da Agricultura informou que recomendou às empresas fabricantes de vacina contra a brucelose que aumentem a produção para atender o crescimento da demanda.
Fonte: Globo Rural
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