quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Dólar tem forte queda e cede para R$ 1,83; Bovespa sobe 0,59%



Utilizado para as operações financeiras e de comércio exterior, o dólar comercial foi trocado por R$ 1,832 nas últimas operações desta quarta-feira, o que representa uma forte queda de 1,87% em cima do fechamento de ontem.

Para os turistas, o dólar foi vendido por R$ 1,960 (baixa de 2,48%) e comprado por R$ 1,770 nas casas de câmbio paulistas.

Ainda operando, a Bovespa tem alta de 0,59%, aos 50.983 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,11 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,96%.

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O mercado de moeda teve outro dia bastante volátil, em que o derretimento dos preços surpreendeu alguns profissionais do setor.

Ontem à noite, a notícia de um provável programa da União Europeia para recapitalizar foi saudada pelos mercados, e ajudou as Bolsas americanas a fecharem no campo positivo, e contribuiu para a abertura "no azul" das Bolsas europeias na jornada de hoje. A notícia, porém, foi desmentida por representantes da Comissão Europeia, que se limitou a aconselhar os governos a buscarem planos nesse sentido.

Os mercados no Velho Continente, porém, ainda refletiram essas especulações, e tiveram dias de forte alta: em Frankfurt, por exemplo, o índice Dax disparou 4,91%. E e euro, que rumava rapidamente para o "piso" de US$ 1,30, ascendeu para US$ 1,3337 (ante US$ 1,3181 ontem) nas operações desta quarta-feira.

Profissionais do setor financeiro também destacaram a possibilidade de que uma grande operação, provavelmente de exportadores à espera de melhores preços, pode ter influenciado a formação dos preços na jornada de hoje.

"A gente percebe que toda vez que o dólar chega a R$ 1,90, o Banco Central entra no mercado", lembra Marcos Trabold, da mesa de operações da corretora B&T. "Quer dizer, já é uma forma dele sinalizar preços [que ele acha conveniente]. Mas acredito que ao redor de R$ 1,80 que ele vai achar que está 'tudo bem'", acrescenta.

A fixação de um "teto" informal para os preços da divisa americana, em tese, estimularia mais exportadores a internalizarem seus dólares.

FLUXO CAMBIAL

O que BC mostrou hoje é que o fluxo de dólares pelo lado comercial foi bastante forte, e ajudou a superar as saídas pela conta financeira.

Segundo a autoridade monetária, um valor histórico de US$ 26 bilhões (somente por operações de exportação) entraram no país no mês passado. Subtraindo as importações, houve um saldo cambial de US$ 8,8 bilhões somente pela conta comercial no mês passado.

Na área financeira, que inclui tudo o que não é comércio, a saída de dólares superou a entrada em US$ 274 milhões. Feitas as contas, o fluxo cambial de setembro foi o maior deste ano: US$ 8,5 bilhões.




Fonte: Folha Online

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