terça-feira, 18 de junho de 2013
Abiove traça cenários de longo prazo sobre ampliação de biodiesel na mistura com diesel mineral
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) estima que cerca de 65 milhões de toneladas de soja poderiam ser processadas em 2020, no Brasil, para a produção de farelo, óleo de soja e biodiesel. Atualmente, o País processa cerca de 38 milhões de toneladas do grão por ano. Essa informação foi apresentada pelo assessor econômico da associação, Leonardo Zilio, em evento do setor no dia 5 de junho.
As políticas governamentais de incentivo, como a ampliação da quantidade de biodiesel na mistura com o diesel fóssil, são essenciais para o desenvolvimento sustentável do setor, diz Zilio, que apresentou um cenário hipotético partindo de uma mistura de 7% de biodiesel no diesel mineral (B7), em 2013, para a composição B14, em 2020.
O biodiesel é alternativa verde e renovável de combustível. Além disso, o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) é comprometido com o desenvolvimento da agricultura familiar. "Mais de 95% do biodiesel fornecido ao mercado vêm de unidades industriais que adquirem a matéria-prima da agricultora familiar", lembra o assessor econômico da ABIOVE. Essas usinas possuem um selo de certificação, o Selo Combustível Social, que comprova investimento na agricultura familiar brasileira.
O biodiesel, além de gerar emprego e renda dentro do País, foi útil também para agregar valor a outros subprodutos: antes do PNPB, o sebo bovino praticamente não possuía valor, realidade diferente da atual. Hoje, o sebo mantém-se em patamares de preços próximos aos do óleo de soja.
Historicamente, a soja é responsável por cerca de 80% do biodiesel produzido. Porém, este tem recebido a contribuição crescente de sebo bovino e óleo de algodão.
O PNPB também contribui para a redução das emissões de gases do efeito estufa. De acordo com estudo da Esalq-USP, o consumo de biodiesel implica redução de cerca de 70% das emissões na comparação com o diesel mineral europeu.
O biodiesel contribui para reduzir as importações de diesel mineral, o que colabora para maior equilíbrio da balança comercial brasileira.
Por todos esses motivos, uma evolução do PNPB traria muitos benefícios econômicos, sociais e ambientais ao Brasil, acrescenta Leonardo Zilio.
Fonte: Abiove
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