O produtor Reginaldo Dola conta que muitas pessoas vão para comprar e aproveitam para conhecer o sistema que usa canos de PVC e reaproveita água
Quem chega na propriedade no final do bairro Presidente Vargas, em Laranjeiras do Sul, no mínimo se admira com as hortas. É que as hortaliças produzidas por Reginaldo Dola são cultivadas no sistema hidropônico.
O sistema, que vem ganhando cada vez mais espaço, utiliza de uma tecnologia sem muitos mistérios, mas que garante muito mais saúde para as plantas. Dola, que é de Nova Laranjeiras, conta que conheceu a hidroponia em Maringá e resolveu fazer uma experiência na região. Há cerca de sete meses ele implantou o sistema em Laranjeiras, com investimento inicial de R$ 70 mil.
A água que estimula o crescimento das hortaliças vem de uma fonte, sendo bombada para tanques, onde recebe os adubos necessários ao desenvolvimento da planta. "São seis tipos. Toda a água é reutilizada, fazendo um ciclo que funciona 24 horas", explica Dola.
As mudas são colocadas em furos dentro dos canos, que possui 10% de inclinação, para que a água corra, sem ficar acumulada. Dessa forma, são evitados o acúmulo de impurezas e o apodrecimento das plantas.
Produção
A produção semanal é de cerca de 5 mil pés de alface, 2 mil de agrião, 600 de almeirão, além do plantio de rúcula, com a amenização das temperatura. Todo o ciclo, desde o plantio da semente, formação da muda, transferência para os canos e colheita leva, em média, 55 dias.
"Esse método tem muitas vantagens, pois além de ser mais econômico, gera muito menos perda. As plantas não adquirem doenças, por não ter contato com o solo", confessa. Além disso, não é preciso muita mão de obra para o cultivo. Na chácara trabalham somente duas pessoas, numa plantação de cerca de meio hectare.
Venda
A venda das hortaliças é feita na própria propriedade, com as plantas colhidas na hora. O valor é, em média, de R$ 1,50 o pé de alface. Além das hidropônicas podem ser encontrados também verduras produzidas em solo, como abobrinha e pepino, dependendo a estação do ano. No entanto, elas são trazidas de outra propriedade da família, em Nova Laranjeiras.
Correio do Povo do Paraná
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