As experiências bem sucedidas em ações de transferência da tecnologia Sistema Plantio Direto (SPD) têm levado a Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) a fortalecer e a ampliar trabalhos conjuntos com outras Unidades, a exemplo da parceria firmada com a Embrapa Agrobiologia (Seropédica-RJ) – as duas instituições vêm atuando em várias frentes contra os efeitos da erosão na região serrana do Rio de Janeiro, e que envolvem palestras de sensibilização, dias de campo e minicursos para capacitação de multiplicadores, entre outras atividades.
Agora, o projeto “Cultivo de Hortaliças em Sistema Plantio Direto – Fase II” se estende à região Norte. Conforme o pesquisador Nuno Madeira, coordenador do projeto, a ideia foi discutida durante visita realizada em 2008/2009 com vistas à prospecção de problemas no cultivo de hortaliças na região, em atendimento a uma demanda da Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus-AM). Segundo Nuno, a partir dos contatos realizados com pesquisadores daquela Unidade foi estabelecido, como mais um componente do projeto, um plano de ação com o objetivo de adequar a tecnologia às condições locais.
“Encontramos duas situações relativas à produção de hortaliças na região: em cultivo protegido e em campo aberto. No cultivo protegido, o plantio seguido da cultura do pimentão – a que tem obtido maior resposta comercial – tem acarretado problemas graves provocados por doenças do solo e o plantio direto promove uma efetiva rotação de culturas, aumenta a matéria orgânica e a biota (organismos) do solo, além de reduzir a dispersão de doenças pelo não revolvimento prévio ao plantio das hortaliças. Pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental têm realizado estudos com berinjela, abobrinha e melancia, entre outras hortaliças, utilizando plantas de cobertura localmente adaptadas como a flemíngia e a tefrósia”, anota o pesquisador, para quem a realidade de clima e solo da região exige um tratamento diferenciado para a produção de hortaliças exóticas, algumas pouco adaptadas às condições climáticas amazônicas. “Para o cultivo protegido, recomenda-se o plantio do milheto ou de outras gramíneas para cobertura do solo, no momento em que a casa de vegetação esteja descoberta por ocasião da troca dos plásticos”.
O cultivo protegido implica na construção de estruturas (casas de vegetação), e as mais adaptadas para a região são as abertas, do tipo guarda-chuva, que visam apenas proteger as plantas do excesso de chuvas. “O ideal seria empreender mais ações de transferência de tecnologia nas áreas de produção de hortaliças com a recomendação do uso do plantio direto para fazer frente a ocorrências de doenças do solo”, propõe o pesquisador.
PLANTIO DIRETO
O Sistema Plantio Direto é fundamentado no revolvimento mínimo, na cobertura do solo e na rotação de culturas. A cobertura, normalmente, é feita de material orgânico, formando uma camada protetora sobre o solo, geralmente restos culturais de plantas semeadas com essa finalidade na própria área, em geral. O uso da tecnologia traz diversos benefícios como diminuição nos custos de produção e nos impactos ambientais, especialmente com relação a processos erosivos, redução da frequência de irrigação, melhor controle do mato, e redução da dispersão de doenças, entre outros.
Fonte: Embrapa
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