Durante seu discurso no 11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, organizado pela Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), a presidenta Dilma voltou a prometer “acelerar a reforma agrária”. “Nunca prometo o que não faço. Vou prometer aqui que temos condição de fazer uma aceleração do processo de terras”, disparou ela na tarde da terça-feira (05.03).
A presidenta anunciou a criação de outro órgão estatal para dar mais dinheiro aos assentados. “Queremos ampliar o crédito, ampliar a assistência técnica e por isso vamos fazer uma agência só para isso. Queremos um grau de agricultura familiar que seja de alta qualidade. Temos certeza que podemos. Em muitos lugares em que houve apoio efetivo, a coisa se desenvolveu”, justificou.
De acordo com Dilma, o governo tem condições de assentar as famílias em “terras de qualidade”. “Muitas vezes dizem: 'a pessoa que ganhou a terra, ela que se vire'. Não é assim. Não há reforma agrária correta assim. Queremos que os assentados tenham condições de viver naquela terra”, explicou.
A presidenta garantiu, ainda, que vai continuar dando acesso a benefício e programas sociais do governo, o chamado “Bolsa Família” aos assentados, apesar das críticas. “Isso não é igual a bolsa esmola, isso é um direito do povo brasileiro”, defendeu-se. Um dos maiores questionamentos de especialistas é a validade da distribuição de terras a pessoas que não tem a menor vinculação com a agricultura, para depois ainda ter de sustentar essas famílias com dinheiro público.
Segundo dados do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), 22 mil famílias foram assentadas no primeiro ano do governo Dilma (2011). Na comparação com o início de mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os números são menores. Neste caso, as críticas vêm de movimentos de militantes ligados ao MST (Movimento dos Sem Terra).
Dilma, no entanto, promete acelerar o processo de reforma agrária com garantia de políticas de crédito e assistência técnica aos assentados. “A terra tem que ser produtiva, não pode pôr em qualquer terra, o governo não vai fazer isso. Vou acelerar a reforma agrária, mas vou acelerar com terra de qualidade”, explicou.
Fonte: Agrolink
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