Dias de campo, como o realizado pela Vilela na semana passada, apresentam as novidades do setor e ajudam produtores a melhorar a qualidade da lavoura
O Paraná sempre esteve à frente em termos de produção e produtividade agrícola. O segredo dessa eficiência, segundo especialistas do setor, está ligada diretamente ao apoio técnico e científico que os agricultores paranaenses recebem. Nos últimos anos muitas instituições de pesquisa têm unido a teoria com a prática por meio de dias de campo. A informação levada por meio desse tipo de evento tem sido uma grande oportunidade do Estado de potencializar a sua produção agrícola.
Mas não só as instituições públicas de pesquisas como a Embrapa e o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) têm ajudado no compartilhamento de informações técnicas aos produtores. As empresas privadas também perceberam que a educação específica, realizada por meio de palestras ou dias de campo é, sem dúvida, a melhor forma de aperfeiçoar a produção e a produtividade de seus clientes. Percebendo tais benefícios, o grupo Vilela, empresa sediada em Cornélio Procópio (Norte Pioneiro), há sete anos realiza o tradicional Dia de Campo em sua filial de São Sebastião da Amoreira. O evento, que ocorreu neste ano entre os dias 21 e 23 de fevereiro, reuniu centenas de técnicos, produtores e estudantes de mais de 50 municípios onde atua a empresa.
Paulo Vilela, engenheiro agrônomo e sócio do empresa, afirma que cada vez mais o produtor tem se mostrado interessado na implantação de novas tecnologias em suas lavouras. "Com esse tipo de evento, estamos despertando a curiosidade do agricultor", enaltece. Em uma área de cinco hectares, o Dia de Campo da empresa reuniu diversas empresas ligadas aos setores de sementes, insumos, tecnologias de produção, entre outras atividades. Vilela reforça que não há ferramenta melhor para o bom desempenho do setor do que a informação e a tecnologia.
Segundo ele, só na área de atuação do grupo Vilela, as novas tecnologias proporcionaram um incremento de produtividade na soja de 1 mil quilos por hectare. Quando começou a atuar, os clientes da empresa colhiam, em média, 2,3 mil quilos por hectare, hoje esse valor passou para 3,3 mil quilos. Jair Machado, também sócio da empresa, acrescenta que o grupo não tem como foco somente a comercialização dos produtos, mas também a assistência técnica. "Acompanhamos o produtor desde o plantio até a colheita", completa.
Hoje a empresa atende 4,2 mil produtores ligados às cadeias de soja, milho, trigo e cana-de-açúcar, atendidos por mais de 15 filias da empresa espalhadas pelo Paraná e Mato Grosso. "Queremos continuar trabalhando com tecnologia, mostrando o que há de melhor ao produtor", completa Machado. Segundo o executivo, as novas tecnologias inseridas no campo ajudam o agricultor a ter um incremento de produção na ordem de 25%.
O objetivo da empresa, acrescenta Machado, é conquistar cada vez mais clientes por meio da prestação de serviços. Para dar suporte aos futuros parceiros, a Vilela tem melhorado a sua infraestrutura. "Estamos construindo mais dois armazéns, um em Sertaneja e outro em São Sebastião da Amoreira", comemora.
Folha Online
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