segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Etanol precisa maior competitividade no mercado doméstico
O diretor da consultoria Datagro, Guilherme Nastari, disse em entrevista para aTV UDOP que não existe possibilidade de faltar etanol durante a entressafra de cana-de-açúcar. Para ele, o importante agora é alinhar a interlocução do setor junto ao governo e definir políticas públicas para o retorno de investimentos no biocombustível e também em projetos voltados para produção de açúcar.
"A nossa visão neste momento é que não vai faltar álcool. Existe o produto, o problema é definir um modelo para que ele passe a ser consumido. Estamos esperando a confirmação dos 25% de mistura, que a gente acha que vai acontecer sim, mas que ainda está nesse processo de amadurecimento", ressalta. A consultoria estima uma demanda potencial para 2020, tanto para etanol, como para açúcar. "Precisamos neste momento, encontrar arcabouço institucional para investimentos voltados para açúcar e etanol aqui no Brasil", diz.
Segundo o executivo, o setor bioenergético está preparado para atender a demanda interna, mas ainda precisa melhorar a interlocução com o setor público e demonstrar de forma clara quais são as necessidades. "O etanol precisa ter uma maior competitividade no mercado doméstico para estimular investimento não só em capacidade de moagem, mas voltar a investir em processo e eficiência", comenta Nastari.
Questionado quanto às pesquisas voltadas para etanol de segunda geração, em um momento em que o governo federal cobra produtividade do setor, o executivo responde que variedade de cana é o que deu competitividade para o Brasil em relação a outros países, como a Índia. "O etanol de segunda geração deve complementar o de primeira geração. Mas eu acho que investimento na primeira geração deve ser contínuo, ainda tem muito espaço para ganho de eficiência", comenta.
De acordo com dados da Datagro, o Brasil produz em média 7 mil litros de etanol por hectare. A estimativas para daqui a dez anos é atingir de 12 a 13 mil litros por hectare cometanol de primeira geração.
Quanto ao futuro do etanol, Nastari é objetivo. "Existe demanda. O que vai determinar se vai ser positivo é conseguirmos fazer essa interlocução com o setor público mais clara e voltar a ter um ambiente de investimentos em usinas aqui no Brasil", finaliza o diretor da Datagro.
Clique aqui e assista a entrevista com o diretor da Datagro, Guilherme Nastari, na TVUDOP. Se preferir, acesse nosso canal no Youtube no endereçowww.youtube.com/tvudop.
Greizi Ciotta Andrade
Fonte: Agência UDOP
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