quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Preocupação com clima na América do Sul sustenta o milho




Os contratos futuros do milho fecharam ontem em alta na Bolsa de Chicago. Participantes do mercado estão preocupados com o clima na América do Sul, em especial na Argentina, importante exportador do cereal. Lá as chuvas em excesso estão atrasando o plantio. Em entrevista à Agência Estado, Martín Franguío, diretor executivo da associação portenha Maizar, disse que as lavouras ocupam hoje apenas 35% da área prevista, quando o esperado era 50%.

No Brasil, o excesso de umidade também prejudicou a implantação das lavouras de milho em algumas áreas. Em outras, é a falta de chuva que dificulta o plantio. Como os Estados Unidos colheram menos cereal neste ciclo, a perspectiva de menor oferta em outros países tende a sustentar as cotações futuras do grão. Ontem, o contrato para entrega em dezembro avançou 2,54% e fechou a US$ 7,5575 por bushel.

Na mesma bolsa, a soja subiu 1,24%, com a demanda aquecida dentro dos Estados Unidos e no mundo. O trigo avançou 0,76%, seguindo a alta do milho, pois os dois cereais competem na produção de ração animal.

Na bolsa de Nova York, o café caiu 1,62%. Cafeicultores brasileiros, que estavam segurando produto à espera de preços melhores, fizeram algumas vendas, o que pressionou as cotações. O País é o maior produtor mundial.

O açúcar caiu 0,51%, com perspectivas de que a colheita do próximo ciclo no Brasil seja ainda maior do que nesta safra. O mercado também prevê que outros países aumentem a produção, resultando num grande excedente global.

Paula Moura
Fonte: O Estado de S. Paulo

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