Juntamente com o Ministério do Meio Ambiente Costarriquense, o Instituto capacita funcionários dos setores de agricultura, transporte e manejo de resíduos para desenvolver um conjunto de ações que contribuam para reduzir emissões de gases de efeito estufa
San José, Costa Rica - Por meio de assessoria e capacitação para o acesso ao financiamento e acordo com parceiros potenciais em outras partes do mundo, o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) apoiam os esforços da indústria do café de Costa Rica, na redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) para a atmosfera.
Esse setor, com promoção do Ministério do Meio Ambiente, Energia e Telecomunicações de Costa Rica (MINAET), do IICA e da GIZ está formulando uma ação de mitigação nacionalmente apoiada, conhecida como NAMA, sigla em inglês, para assim, aumentar sua eficiência produtiva, utilizar de maneira sustentável os recursos naturais e reduzir suas emissões de GEE.
“A NAMA configura-se em um instrumento de financiamento para projetos de sustentabilidade e surgiu no marco da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (UNFCCC), acredito que possa ser planejada até o final deste ano e em fase de implementação até meados de 2013”, explicou Andreas Nieters, representante de GIZ em Costa Rica.
“Na próxima Conferência das Partes da Convenção Marco, a COP18, será apresentado o trabalho realizado até o momento como uma iniciativa inovadora e exemplar executada por estes países”, comentou David Williams, gerente do Programa de Agricultura, Recursos Naturais e Mudanças climáticas do IICA.
A COP18 acontecerá em Doha, Catar, no próximo dia 26 de novembro e seguirá até dia 7 de setembro de 2012.
Assim como faz o café, em Costa Rica também se busca elaborar uma estratégia de redução de emissões no ramo dos transportes públicos e no manejo de resíduos sólidos. Sobre este tema, o IICA, a GIZ e o MINAET organizaram recentemente um seminário de capacitação para representantes dos três setores, sobre os passos necessários para estrutura uma NAMA e conseguir financiamento por meio dela.
Com esses passos, objetiva-se cumprir os requesitos estabelecidos pela UNFCCC. Segundo Willians, “o setor cafeeiro costarriquense tem se esforçado nos últimos anos na mitigação os impactos ambientais, uma experiência que poderá ser transferida para outras atividades agrícolas com apoio do Ministério da Agricultura de Costa Rica (MAG) e do Centro Agronômico Tropical de Pesquisa e Ensino (CATIE).
“Costa Rica é um país muito proativo, por meio das NAMA terá oportunidade de acessar os recursos financeiros para reduzir suas emições de gases, mas isto também se obriga a estruturar uma proposta que vá mais além da mitigação, permita avançar na adaptação às mudanças do clima”, completou Nieters.
Fonte: IICA
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