quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Agrícolas terminam mês com queda de preços
Os produtos agrícolas terminam outubro com redução de preços em relação ao ritmo que vinham obtendo neste segundo semestre.
A soja, que chegou a registrar a máxima histórica de agosto para setembro, foi cotada a US$ 15,47 por bushel (27,2 quilos) ontem. No fim de agosto, estava em US$ 17,65.
O recuo dos preços a partir de setembro é normal, diz a analista Daniele Siqueira, da AgRural. Mesmo com a quebra da safra norte-americana, o avanço da colheita propicia um volume maior da oleaginosa no mercado.
A partir deste mês, a tendência de queda nos preços é menor. A demanda nos Estados Unidos ainda é forte, e a produção na América do Sul, vista como a salvação para o mercado, não tem um cenário de clima tão favorável como se esperava.
Além disso, a China continua comprando mais, embora o ritmo tenha perdido força em relação ao de 2011.
Até 18 de outubro, as compras chinesas feitas nos Estados Unidos somaram 15,3 milhões de toneladas, 20% mais do que em 2011.
Já as vendas dos americanos para outros países atingiram 9,7 milhões de toneladas, 80% mais que as de igual período de 2011, diz Siqueira.
O milho seguiu a tendência da soja. Embora não haja uma procura externa forte pelo cereal dos EUA, há demandas internas que exigem bom volume de produto. É o caso da produção de etanol.
O mercado externo, mais uma vez, está de olho na América do Sul, principalmente na Argentina, onde o plantio de milho está atrasado devido ao excesso de chuva. A produção não deverá atingir as estimativas do mercado, que indicam volume de até 28 milhões de toneladas.
O trigo também cai. Após a aceleração de preços de junho para julho, o produto termina outubro com recuo de 2% sobre o mês anterior.
Mauro Zafalon
Fonte: Folha de S. Paulo
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