quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Ucrânia suspenderá embarques de trigo a partir de 15/11-traders



Traders disseram nesta sexta-feira que o Ministério da Agricultura da Ucrânia deve proibir exportações de trigo a partir de 15 de novembro, após o clima adverso afetar a colheita, elevando os preços futuros globais do cereal, ainda que a medida já fosse esperada por traders.

O Ministério, no entanto, ainda mantém sua fórmula de permitir que traders exportem até 5 milhões de toneladas de trigo na atual temporada, disseram as fontes do mercado.

Não ficou claro se a data 15 de novembro se aplica à assinatura de contratos de exportação ou se seria uma interrupção imediata dos embarques físicos de trigo.

A colheita do cereal recuou em um terço neste ano por conta do clima adverso, e traders de grãos, suspeitando um iminente freio às exportações, têm corrido para acelerar os embarques estrangeiros.

"Isso não é uma surpresa. A proibição era inevitável. Todo mundo sabia e todo mundo entendeu", disse um trader de fora.

Autoridades do ministério não foram encontradas para comentar o assunto.

O ministro da Agricultura Mykola Prysyazhnyuk, havia dito que a Ucrânia consideraria impor limites caso o alto nível de exportações ameaçasse elevar o preço do pão no país.

A medida levou os futuros do trigo nos Estados Unidos e Europa a subirem mais de 1 por cento. Por volta das 11h20 (horário de Brasília), o contrato dezembro em Chicago subia 10,50 centavos, a 8,79 dólares por bushel.

"Você viu a reação inicial do mercado, foi maior, mas estamos fora das máximas, então eu não acho que é uma surpresa que haja um tipo de restrição da Ucrânia, o mercado vinha antecipando isso", disse um trader europeu.

A Ucrânia, que consome 12 milhões de toneladas de trigo, colheu 15,5 milhões de toneladas em peso limpo neste ano.

De acordo com traders, o país exportou cerca de 3,5 milhões de toneladas de trigo até agora nesta temporada, e a ex-república soviética possui capacidade portuária suficiente para exportar mais 1,5 milhão de toneladas.




Fonte: Reuters

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