quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Posições de Obama e Romney sobre energia
Os candidatos à Presidência dos Estados Unidos Barack Obama e Mitt Romney têm estratégias amplamente diferentes sobre como regulamentar novas reservas de gás e petróleo no país e desenvolver fontes energéticas alternativas.
A seguir, as principais propostas deles para esse setor:
Energia limpa
Romney - É contra gastos públicos com empresas de energia limpa, mas defende pesquisas e desenvolvimento pra promover inovações energéticas. Citou nesta semana a falência da empresa de energia solar Solyndra, que havia tido apoio governamental, como prova do fracasso do governo em fazer apostas corretas nesse campo.
Obama - Inclui no pacote de estímulo econômico de 2009 uma verba de 90 bilhões de dólares para projetos energéticos como os de energia solar e eólica, eficiência energética, um trem de alta velocidade e melhorias na rede elétrica. Defende os 16 bilhões de dólares dados pelo governo em garantias creditícias para 26 projetos deenergia limpa, por causa da escassez de financiamento privado e da concorrência da China. Apoia a renovação de um crédito tributário de 20 anos para a energia eólica.
Independência energética
Romney - Promete tornar a América do Norte independente em termos energéticos até 2020, ampliando a prospecção de gás e petróleo, autorizando mais supervisão estatal sobre projetos energéticos, desburocratizando o setor e cooperando com Canadá e México. Também promete aprovar o oleoduto Keystone XL, e é contra as novas regras do governo Obama para a eficiência veicular no uso de combustíveis, que ele considera "extremas".
Obama - Deseja reduzir pela metade até 2020 todas as importações de petróleo do país. Para isso, apoia a produção de mais combustíveis fósseis. Sua estratégia energética do tipo "todas as alternativas anteriores" promove a prospecção de petróleo, mas inclui também incentivos às energias nuclear, solar e eólica. Seu governo adotou regras de eficiência no uso de combustíveis com o objetivo de reduzir o consumo de petróleo dos EUA em mais de 2 milhões de barris por dia até 2025.
Prosperação de gás e petróleo
Romney - Apoia a ampliação da prospecção em alto-mar para além do plano quinquenal de Obama. Abriria áreas nas costas da Virgínia e das Carolinas do Sul e Norte para a exploração de gás e petróleo. Transferiria aos governos estaduais a supervisão sobre a produção energética em terra, incluindo a extração de gás e petróleo de xisto.
Obama - Salienta que a produção de petróleo aumentou ano após ano desde a sua posse, atingindo o maior nível em 17 anos no começo de outubro. A maioria desse crescimento, no entanto, ocorre em terras particulares, sobre as quais o governo federal tem pouco controle. Obama também apoia o método do "fraturamento hidráulico" para a exploração de gás, embora durante o seu mandato a Agência de Proteção Ambiental (EPA) tenha começado a regulamentar esse setor.
Agência de Proteção Ambiental
Romney - Costuma criticar a EPA durante a campanha eleitoral, argumentando que a regulamentação ambiental "excessiva" atrapalha o crescimento econômico do país. Ele enfatiza seu apoio ao carvão e promete eliminar regulamentos "anticarbono". Quer também que a EPA leve em conta os custos dos regulamentos que impõe, e promete dar às empresas do setor energético mais prazo para se adequar a novas regras.
Obama - Após o arquivamento da lei climática no Senado, em 2010, o seu governo propôs pela primeira vez no país, por intermédio da EPA, regras para limitar emissões de gases do efeito estufa em usinas energéticas. As regras climáticas para refinarias foram adiadas.
A EPA também baixou regras sobre as emissões tóxicas das usinas de carvão, muitas das quais já estavam sendo preparadas antes de Obama se tornar presidente. Algumas usinas a carvão mais antigas foram obrigadas a fechar, em parte por causa do custo para a modernização exigida nos regulamentos, mas também por causa dos preços baixos do gás natural.
Keystone XL
Romney - Prometeu aprovar a construção do oleoduto Canadá-Texas nos primeiros dias do seu mandato, a fim de criar empregos e reduzir a dependência do país em relação às importações petrolíferas da Venezuela e Oriente Médio. Ele também deseja estabelecer um trâmite expresso para a aprovação de processos relativos a outros oleodutos internacionais.
Obama - Adiou o oleoduto citando preocupações ambientais em Nebraska, mas apoiou a construção do seu trecho sul. Não disse se, num eventual segundo mandato, aprovará a construção integral. O governo continua avaliando riscos ambientais, como vazamentos e emissões de carbono das areias betuminosas.
Ayesha Rascoe e Timothy Gardner
Fonte: Reuters
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