quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Paraná inicia segunda etapa de vacinação contra aftosa



Primeira fase, realizada em maio, atingiu apenas os animais com até 24 meses de idade

Curitiba - O Paraná inicia em novembro a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa. A expectativa da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), que coordena o trabalho, é que estejam vacinados até o dia 30 de novembro cerca de 9,5 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos (búfalos).

O produtor que não imunizar seus animais será multado em R$ 101,84 por cabeça e não poderá transportá-los para qualquer finalidade. Caso não cumpra a obrigação de vacinar, o produtor fica proibido de movimentar bois e búfalos porque não receberá a guia de trânsito animal, documento exigido para o transporte de rebanho.

O médico veterinário e responsável pela área de febre aftosa da Defesa Sanitária Animal da Adapar, Walter Ribeirete, disse que o custo médio unitário da vacina deve ser de R$ 1,30. Segundo ele, a vacinação também tem como objetivo a atualização do cadastro do produtor.

A primeira etapa de vacinação, realizada em maio, atingiu apenas os animais com até 24 meses de idade. Foram vacinados 97,6% de um rebanho de 4,3 milhões de cabeças.

Ao comprar a vacina, o produtor recebe, além da nota fiscal, um comprovante de vacinação, que deve ser preenchido com a quantidade correta de animais vacinados por sexo e idade. É preciso preencher um documento para cada espécie de animal - bovinos ou bubalinos. A quantidade de animais relacionada no comprovante será cadastrada na Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab).

Doença

A febre aftosa é uma doença causada por vírus, sendo uma das mais contagiosas entre as que atingem os bovinos, búfalos, ovinos, caprinos e suínos. A doença causa febre, feridas na boca e nos cascos, dificultando a movimentação e alimentação dos animais, o que acarreta perda de peso e queda na produção de leite. É transmissível por animais doentes e pelas secreções e excreções, como saliva, urina, fezes e leite.

O Paraná é considerado área livre de febre aftosa, com vacinação, desde 2000. O assessor técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Alexandre Amorim Monteiro, disse que a expectativa é otimista para que o Estado consiga o patamar de área livre de febre aftosa sem vacinação. Ele comentou que, para isso, o Paraná tem que dar condições de fiscalização depois que a vacina não for mais utilizada.

''É importante o produtor apoiar o processo de vacinação para garantir a sanidade do rebanho e, para que mais tarde, o Estado consiga o status de área livre sem vacinação'', destacou.





Fonte: Folha Online

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