quinta-feira, 18 de outubro de 2012

HRT e Petrobras avaliam alternativa para projeto no AM




A Petrobras e a HRT vão estudar até sete opções para a monetização do gás natural na Bacia do Solimões, no Amazonas. Entre as alternativas estão desde as mais tradicionais, como geração termelétrica ou liquefação (GNL), até tecnologias inovadoras, como a produção de etanol a partir do gás natural.

"São várias [tecnologias]. Tem etanol, tem eletricidade. Tem ´gas-to-wire´ [geração deenergia em termelétricas], ´gas-to-liquids´ [liquefação], GNL [gás natural liquefeito], gás comprimido. São todas tecnologias novas", afirmou Marcio Mello, presidente da HRT ao Valor. Segundo o empresário, é possível produzir entre 20 a 30 mil barris por dia deetanol, a partir do gás existente no local.

Pelo protocolo de intenções assinado ontem entre a Petrobras, a HRT e a russa TNK-BP, nos próximos 30 dias serão definidas as equipes e a divisão de tarefas. A partir daí, elas terão seis meses, prorrogáveis por mais seis, para elaborar o plano de monetização do gás da região. O acordo, que teve o apoio do ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, e do governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD), não prevê que a Petrobras assuma participação nos 22 blocos que pertencem à HRT (55%) e TNK-BP (45%) na bacia.

Presente à assinatura do documento, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse que "a parceria com a HRT e TNK-Brasil tem objetivos empresariais claros, que trarão muitos benefícios para o Amazonas". Em fevereiro, a Petrobras descobriu uma nova acumulação de petróleo e gás no Solimões. A descoberta, ocorrida durante a perfuração do poço conhecido como Leste do Igarapé Chibata, indicou capacidade de produção diária de 1,4 mil barris de petróleo de boa qualidade (41º API) e 45 mil metros cúbicos de gás.

O anúncio do acordo reduziu a pressão de analistas e investidores para que a HRT apresentasse uma solução para viabilizar economicamente o gás na região. As ações da empresa fecharam ontem ao preço unitário de R$ 5,32, com alta de 19,28%. O bom desempenho, no entanto, ainda não reverteu a trajetória de queda no ano. A companhia acumula perda de 53,17% em 2012.

"Acho que a pressão está em cima de todo mundo. Está em cima da OGX, da Queiroz Galvão, da Petrobras. Mas vamos atingir todo o nosso programa, porque ele tem fundamento", disse Mello.

Rodrigo Polito e Rafael Rosas
Fonte: Valor Econômico

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