segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Corte mecanizado melhora vida de trabalhadores no noroeste paulista
Quando a tecnologia chegou às plantações de cana no noroeste paulista, muitos trabalhadores pensaram que poderiam perder o emprego. Mas o que aconteceu foi justamente o contrário. Hoje, quem deixou a lavoura para operar máquinas comemora a mudança de vida.
O facão, que era o principal instrumento de trabalho de Maurílio Aparecido Gaspar, foi aposentado há cinco anos desde que ele deixou de cortar cana manualmente para operar a máquina de colher. "Quando cortava no manual sofria com o calor, agora é mais tranquilo, no ar condicionado. Melhorou o salário também", afirma Gaspar.
A mecanização elimina a necessidade da queima da palha da cana de açúcar, um procedimento adotado para facilitar o corte manual. A partir de 2014, a queima será proibida em áreas mecanizáveis e em 2017 as áreas não mecanizáveis também não poderão fazer mais uso dessa prática.
Em todo Estado de São Paulo, a mecanização atinge hoje 90% de toda área plantada. Nos últimos seis anos, o número de operadores de colhedoras aumentou 400%.
Em uma usina de Novo Horizonte (SP), a colheita com máquinas vem sendo implantada desde 1992. Atualmente, a mecanização atinge 75% da área. Mais de 600 trabalhadores foram capacitados para essa mudança. "Fizemos um plano de inserção deles na escola e nossos instrutores fazem todo o trabalho de treinamento e reciclagem dos trabalhadores", afirma Marcelo Henrique Bassi, diretor de mecanização.
Pelo menos 200 cortadores de cana foram remanejados para outras funções. José Wenio, de 26 anos, se mudou para Novo Horizonte para trabalhar no corte da cana. Seis anos depois, ele terminou os estudos, virou mecânico de implementos e viu a vida mudar. "Foi rápido porque eu busquei cursos para me instruir. Terminei o curso técnico e agora quero ir para a faculdade", afirma Wenio.
Fonte: Portal G1
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