quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Dólar renova mínima ante o real e cai abaixo de R$ 2,02



Em linha com o movimento observado no exterior, o dólar chega ao final da manhã desta terça-feira renovando as cotações mínimas do dia ante o real, já abaixo de R$ 2,02. A queda da moeda norte-americana ainda não foi capaz de instigar o Banco Central. Porém, os investidores seguem atentos à possibilidade de intervenção da autoridade monetária.



Por volta das 11h50, o dólar à vista recuava 0,44% no balcão, cotado a R$ 2,015, na mínima. Na máxima, segurou-se na estabilidade, a R$ 2,024. Em Nova York, no mesmo horário, o euro subia a US$ 1,2850, de US$ 1,2759 ontem, enquanto o dólar caía a 77,78 ienes, de 78,28 ienes na véspera. Entre as moedas emergentes, o dólar norte-americano caía 0,95% ante o dólar australiano.

Para fontes do mercado de câmbio, o dólar acompanha internamente a queda verificada ante as principais moedas estrangeiras rivais, influenciado ainda pelos ganhos da Bolsa brasileira e por uma eventual entrada de fluxo nos negócios locais, que sustenta certo apetite ao risco. No horário acima, o Ibovespa subia mais de 1%, retomando o nível dos 59 mil pontos, com um volume financeiro em torno de R$ 2 bilhões.

Porém, um operador de uma corretora paulista acredita que o patamar abaixo de R$ 2,02 não deve instigar uma atuação do BC ao menos no curto prazo. "Isso pode voltar a acontecer se o BC sentir que o mercado quer empurrar o dólar para baixo", afirmou. O profissional, que falou sob a condição de não ser identificado, acredita que a trajetória descendente tende a ganhar força somente se o Federal Reserve confirmar as expectativas e anunciar uma terceira rodada de afrouxamento quantitativo (QE3) na quinta-feira.

É válido lembrar que a última vez que o dólar fechou abaixo de R$ 2,02 foi em 21 de agosto. Naquele dia, a moeda norte-americana bateu a mínima a R$ 2,007 na sessão, quando o BC se dispôs a liquidar antecipadamente os mais de US$ 4 bilhões em derivativos cambiais que venceriam no primeiro dia útil de setembro, oferecendo contratos de swap reverso (equivalente à compra de dólar no mercado futuro). Para o início de outubro, está previsto o vencimento de cerca de US$ 1,8 bilhão (36 mil contratos) em swap cambial tradicional (equivalente à venda futura de dólares).

Fonte: O estado de S.P.

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