Cosan critica protecionismo da indústria brasileira

O presidente do conselho de administração da Cosan, Rubens Ometto, criticou nesta sexta-feira o excesso de protecionismo da indústria brasileira. "Não podemos voltar para a época do Fusca do Itamar", disse, referindo-se à decisão do então presidente Itamar Franco, no início dos anos 90, de pedir o retorno da fabricação do Fusca, que já havia sido cancelada.

O executivo observa que no setor sucroalcooleiro, uma usina para cogeração de energiacomprada na China é 40% mais barata que uma feita no Brasil, mas que, por medias de proteção, sua importação torna-se inviável. Segundo ele, o governo quer energia barata mas não dá condições para o setor ter competitividade efetiva.

Ometto disse também que o empresário brasileiro tem que focar no setor do agronegócio, que é o que o País sabe fazer melhor, com custos imbatíveis. Neste sentido, Ometto elogia o governo pelos investimentos em infraestrutura que ajudam a reduzir o custo Brasil e tornam o País mais competitivo. "O protecionismo exagerado é terrível e afeta a criatividade", disse.

Eduardo Magossi
Fonte: Estadão Online